A estrutura de 90% das pontes e de 70% da malha viária carece de reparos urgentes, segundo divulgou a própria Prefeitura. Em nota, o município esclarece que o decreto possibilita a aquisição de material e contratação emergencial de equipes para os trabalhos de recuperação das estradas, das 30 pontes danificadas e dos bueiros.
Os problemas se concentram nos mais de 2 mil quilômetros de estradas vicinais da região e afetam o escoamento de toda a produção. Carretas de soja, leite e gado estão impedidas de trafegar em boa parte das rotas.
Pontes de Alta Floresta não têm condições de uso.
(Foto: Assessoria de Imprensa)
Por isso, de acordo com o secretário adjunto de Infraestrutura, Adir Kozerski, atualmente o município tenta agir de forma paliativa e prestar reparos emergenciais nos trechos necessários para o escoamento da produção agropecuária.
"O município não chega a estar ilhado, isolado, mas a situação é de alto risco", resume Kozerski. Segundo o secretário, muitas pontes das estradas vicinais foram construídas com material inadequado ou foram mal estruturadas, de forma que algumas chuvas já chegaram a provocar enxurradas que lavaram as cabeceiras.
Neste período do ano, em que há necessidade de se escoar a produção e em que os ônibus escolares voltam a trafegar, o estado crítico das estradas acaba sendo sentido com intensidade. O secretário aproveita para lembrar aos motoristas da região que redobrem a atenção ao passar pelas estradas.
Decreto
A força de trabalho para recuperação das vias é reduzida, daí a necessidade de se realizar contratos emergenciais, medida só possibilitada pelo decreto anunciado. Alta Floresta conta com apenas duas equipes para reparos na malha urbana e uma para a zona rural.
A Prefeitura alega que a demanda é por cinco equipes para se dividirem entre reconstrução de pontes e reparos de bueiros. Cada uma deve contar com cinco homens, fora caminhão e equipamentos. A estimativa é de que o trabalho de recuperação e reconstruções leve cerca de 60 dias.
Estradas vicinais oferecem risco ao fluxo de carretas
e ônibus escolares. (Foto: Assessoria de Imprensa)
Além das estradas vicinais, o município reportou também pontos críticos em rodovias estaduais, como a MT-325 e a MT-010, que dá acesso à Comunidade Santa Lúcia. A administração do município só não apontou problemas graves na MT-208, que também passa na região.
Em resposta, a Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu) informou que está em curso uma operação tapa-buracos nas rodovias. Porém, este trabalho está atualmente comprometido pelas chuvas, constantes desde setembro.
A assessoria de imprensa da Setpu também informou que, especificamente para a MT-325, está sendo licitado um projeto de restauração em caráter emergencial.
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