Homem cai em golpe na fila do banco

Uma mulher de 33 anos foi presa pela Polícia Militar e Rondonópolis (212 km ao sul da Capital), suspeita de aplicar o golpe conhecido como “Boa noite, cinderela” em aposentados nas filas das agências bancárias da cidade. A prisão de Maria Teresa de Melo só foi possível porque a filha de uma das vítimas a reconheceu quando retornava para a agência bancária.

Vítima do golpe, o aposentado Sebastião Pereira dos Santos, 74, contou aos policiais como tudo ocorreu. “Estávamos na fila eu, ela e uma terceira pessoa. Ela tirou uma bala, colocou na boca, deu uma para este senhor e me ofereceu. Eu não quis, mas ela é boa de conversa e acabou me convencendo. Daí para frente não lembro de mais nada”.

Desorientado, o aposentado perdeu cerca de R$ 1 mil no momento em que caiu no chão. Maria Teresa ainda teria levado o cartão de crédito da vítima, retornando horas depois e sacando mais R$ 500. Santos acabou socorrido por populares e levado pela PM para a casa do irmão, onde recuperou a consciência.

Quando soube da situação, a filha do aposentado, Mariusa dos Santos Gomes, foi até o local para tentar identificar a mulher pelo circuito interno das câmeras. Após verificar as imagens, quando já saía da agência, reconheceu Maria Teresa e a deteve até a chegada da PM. “Foi uma situação horrível, porque meu pai chegou em casa completamente desorientado, levado pela PM. Ainda bem que tivemos a sorte de encontrá-la”.

Segundo a PM, Maria Teresa contou aos policiais no momento da prisão que estava há pouco tempo na cidade, vinda do Maranhão, Estado onde nasceu. Ela confessou que colocava diazepam, medicamento que entre outras aplicações serve como sedativo, nas balas com o intuito de roubar os aposentados. Ela permanecerá presa e ficará à disposição da Justiça.

Os policiais acreditam que ela possa ter feito outras vítimas utilizando o mesmo golpe. A recomendação é a de que procurem o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) de Rondonópolis para registrar queixa. Além disso, a PM alerta para que as pessoas, sobretudo as mais idosas, estejam nas agências sempre acompanhadas e não aceitem balas ou qualquer outra coisa de pessoas estranhas.