Justiça de Natal decretou prisão de homem que teria asfixiado sua mulher. Delegacia em Osasco, na Grande SP, diz que viúvo é considerado foragido.
Viúvo de fisioculturista é procurado
O mandado de 30 dias de prisão foi expedido para SP para ser cumprido. O homem nega o crime, alegando que a mulher teve um mau súbito durante o banho. Mas exames periciais indicaram que a vítima foi asfixiada. Como o viúvo não foi localizado e ainda não se entregou, passou a ser considerado foragido.
De acordo com a Policia Civil do RN, Fabiana foi estrangulada por Alexandre em 28 de dezembro do ano passado dentro do quarto do hotel, onde eles estavam hospedados com familiares. A vítima chegou a ser internada num hospital da capital potiguar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 2 de janeiro deste ano. Laudo do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) de Natal concluiu que a fisiculturista tinha marcas no pescoço. O corpo dela foi enterrado em no dia 5 de janeiro Jandira, interior de SP.
O delegado Frank Albuquerque, do RN, acusou o empresário formalmente pelo crime. Ele foi indiciado por homicídio qualificado porque teria impossibilitado a defesa da mulher.
“Alexandre pode ter matado Fabiana por vários motivos. A hipótese mais provável é que teriam brigado no quarto do hotel, em Natal, por ciúmes e ele a estrangulou. Encontramos mensagens enviadas por outra mulher para o celular do marido. Era uma aluna da academia de musculação do empresário, em Osasco. A fisioculturista talvez tenha visto esses textos e discutido com ele por isso. Durante o bate-boca, pode ter havido uma briga e ele a asfixiou”, afirmou o delegado que investiga o caso, nesta quarta-feira (6) ao G1.
Em entrevista à equipe de reportagem, o marido negou o homicídio. Ele havia dito que Fabiana tinha passado mal após cair no banheiro. “Tudo não passa de um erro”, disse Alexandre, questionando a ‘asfixia’ como causa da morte da fisioculturista. A matéria foi publicada em 3 de janeiro.
Delegado Frank Albuquerque, em Natal-RN
(Foto: Anderson Barbosa/G1)
Nesta quarta, o empresário e seu advogado não foram localizados para comentarem o assunto. Alexandre também não estava na academia em Osasco, onde seria dono, e nem na sua residência. Também não atendeu aos recados deixados no seu celular.
Segundo policiais de Osasco ouvidos nesta manhã, o mandado de prisão para Alexandre chegou segunda-feira (4) ao 1º Distrito Policial da cidade. Desde então, buscas foram feitas na região à procura do suspeito, que não foi encontrado.
Procurada para falar, a taxista Itália Caggiano, mãe de Fabiana, afirmou que ficou surpresa ao saber que seu genro foi apontado pela polícia de Natal como o único e principal suspeito pela morte de sua filha.
“Nunca desconfiei porque eles não brigavam e ele era muito amável com ele. O motivo para ele tê-la matado só a polícia é que poderá dizer. O que quero agora é Justiça. Dez dias atrás ele estava na academia, agora fugiu para não ser preso. Peço para telefonarem para a polícia e denunciarem onde esse sujeito está. Ele tem de pagar pelo que fez”, disse a mulher.
Além de Alexandre e Fabiana, Itália, sua outra filha e mais dois sobrinhos haviam viajado a Natal.
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