Rio Vermelho transbordou e ponte foi levada pela água
(Foto: Prefeitura de Cotriguaçú/ MT)
Os municípios de Castanheira e Guiratinga decretaram situação de emergência devido às más condições de tráfego das estradas durante o período de chuvas. O superintendente da Defesa Civil de Mato Grosso, Sérgio Delamônica, afirmou que estão sendo feitas vistorias nos locais para verificar o estado de cada município e, se for comprovada a dificuldade, homologar os decretos. "Nossas equipes estão nos municípios para analisar cada caso", disse.
O prefeito de Guiratinga, Hélio Goulart, declarou ao G1 que as rodovias de acesso ao município estão intrafegáveis. "Estamos com um problema sério porque os caminhões atolam e tem um trecho, entre Guiratinga e Alto Garças, não passa nada, nem mesmo carro pequeno, mas é preciso escoar a produção da região", reclamou. Ele se refere às MTs 110 e 270.
Goulart contou que já decretou o estado de emergência no município, mas agora aguarda o resultado da vistoria do estado para que a situação seja concretizada. "A Defesa Civil está fazendo avaliação e depois vai decretar ou não", pontuou. Segundo ele, a situação se agravou nos últimos 20 dias após intensificação das chuvas.
Assim como Guiratinga, as estradas de Castanheira estão sem condições de passagem. O chefe de gabinete da Prefeitura de Castanheira, Júnior Rios, informou que há aproximadamente uma semana o Rio Vermelho transbordou e, com isso, fica impedido o trânsito pela MT-170, que liga a cidade a Juruena e outros municípios da região. "Não tem como passar. Tinha um pessoal no local cobrando para fazer o transporte de motocicletas e pessoas", frisou.
Além disso, há muitos atoleiros e buracos que impossibilitam o tráfego na rodovia. "Nós tentamos resolver os problemas das estradas vicinais, mas quando dá um dia de sol vamos até a rodovia para tentar amenizar as condições", disse.
A Prefeitura de Cotriguaçú disse que também vai decretar situação de emergência em razão das péssimas condições das estradas. Conforme a Secretária de Governo da cidade, Noeli Lorandi, pontes foram levadas pelas chuvas e a inacessibilidade em que se encontra a região acarreta outros problemas. "Por causa disso, não tem como sair do município. Para transportar os pacientes, por exemplo, é somente de avião", afirmou. A maior via de acesso à cidade também é a MT-170.
"O município sofre muito com isso porque não tem como sair e as águas não tendem a baixar. Com isso, não tem nem como refazer a ponte", reclamou a secretária.
Com o isolamento da região, o prefeito de Aripuanã, Ednilson Faitta, também declarou que irá baixar decreto sobre a situação do município, que, segundo ele, está afetando diretamente a economia. "Os produtores estão jogando leite fora, porque não tem como sair daqui. Está tudo parado". Ele explicou que, além da ponte sobre o Rio Vermelho, outra ponte sobre o Rio Tucanã caiu e tem prejudicado o acesso ao município.
Nesta semana, Alta Floresta também decretou situação de emergência e alegou que a estrutura de 90% das pontes e de 70% da malha viária carece de reparos urgentes. Além disso, o município esclarece que o decreto possibilita a aquisição de material e contratação emergencial de equipes para os trabalhos de recuperação das estradas, das 30 pontes danificadas e dos bueiros.
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