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Sábado - 09 de Fevereiro de 2013 às 19:05

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Os atoleiros formados pelas chuvas na MT-471, na região sul de Mato Grosso, a 218 km de Cuiabá, já prejudicam o transporte da produção agrícola e de pessoas pela região. A estrada é usada por quase 200 famílias do Assentamento Carimãn, da região de Sete Placas e de Ponte de Pedra, que ficam em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Parte da safra de soja está comprometida e não há como transportar os grãos porque os caminhões atolam na estrada.

Atoleiros na MT-471, região de Rondonópolis, prejudicam passagem de veículos. (Foto: Reprodução/TVCA)

Atoleiros na região de Rondonópolis, prejudicam
tráfego de veículos. (Foto: Reprodução/TVCA)

 

Em pelo menos dez quilômetros os problemas tornam-se mais intensos. Quem se arrisca a passar pelos trechos fica atolado. Só com a ajuda de tratores para deixar a lama e ainda continuar seguindo viagem. "O trator mal consegue passar", pondera um trabalhador.

Segundo a Associação dos Produtores do Assentamento Carimã, pela estrada passam anualmente 120 toneladas de soja, 90 toneladas de milho e acima de um milhão de arrobas de algodão.

O produtor Ildo Lucion já começa a contabilizar os prejuízos. Ele cultivou 470 hectares com soja e já está pagando mais caro na hora de escoar o produto. Além disso, a oleaginosa começa a perder qualidade. De acordo com o agricultor, em 2012 a saca de soja transportada custava R$ 1,10 e hoje passou para R$ 2,50. "Está dando 12 a 13% de ardido na soja. Os grãos estão abrindo na vagem. São perdas fora de sério", contextualizou.

Quem trabalha com produção familiar de alimentos também enfrenta dificuldades para garantir que os itens cheguem até as feiras de Rondonópolis. "Estamos perdendo [produção], pois não vai e nem vem", descreveu o feirante Gabriel da Silva.

Outra preocupação é o início da aula, já que os professores da única escola da região rural são de Rondonópolis. A previsão é que o ano letivo seja iniciado no próximo dia 14, mas o calendário pode até mesmo ser alterado.

"O maior problema é que o quadro docente não chegará à cidade", diz Ginésio Correio da Silva, presidente da Associação dos Moradores do Assentamento Carimã. A MT- 471 é a principal rota de acesso à comunidade rural, além das regiões de Sete Placas e Ponte de Pedra. Sem ter como passar por ela, muitos preferem adotar rotas alternativas para chegarem até a sede do município. Para isso, precisam rodar 130 quilômetros a mais.

Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana informou que já tem conhecimento da situação na MT-471 e destinou uma máquina para recuperar a estrada. O início dos trabalhos vai depender, porém, da melhora no tempo.






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