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Sábado - 09 de Fevereiro de 2013 às 21:37

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Otmar de Oliveira
Presidente da OAB, Mauricio Aude cobra providências sobre morte de advogado ocorrida em 2008

Após mais de 4 anos desde o assassinato do advogado Alexandre Marchioro da Silva, 34, ocorrido em 17 de setembro de 2008, a Polícia Civil ainda não elucidou o caso e dessa forma ninguém foi denunciado pelo crime. Por este motivo, o presidente da Ordem dos Advogados de Brasil (OAB-MT), Maurício Aude, cobra providências à cúpula da Segurança Pública e encaminhou ofício ao então secretário de Estado e Segurança Pública Diógenes Curado Filho, requerendo providências necessárias a fim de dar mais celeridade às investigações sobre o assassinato ocorrido nas proximidades do município de Vera (458 Km ao norte de Cuiabá).

Acontece que Curado deixou o cargo nesta semana e foi substituído pelo atual secretário adjunto Alexandre Bustamante, que neste caso deverá responder à solicitação da OAB e informar o andamento do caso. Na época em que foi assassinado, o advogado Alexandre Marchioro era assessor jurídico da prefeitura de Nova Ubiratã e coordenador da campanha do prefeito a reeleição daquele município, Osmar Rosseto. Seu corpo foi encontrado carbonizado a aproximadamente 15 metros de seu carro, às margens da rodovia de acesso ao município de Vera. À época, um perito informou que havia no local rastros de outro carro, caixa de fósforo e um tambor de plástico queimado.

“Estamos pedindo uma solução para o caso, vez que já se passaram 4 anos do assassinato e até agora o inquérito acerca do caso ainda não foi concluído pela Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado. Além disso, é importante frisar que o crime teve grande repercussão e a sociedade clama por justiça”, enfatizou Maurício Aude.

As investigações iniciais sobre a morte de Marchioro em 2008 envolveram policiais das cidades de Sinop, Sorriso e Vera. Na época, o delegado de Sinop Jéfferson Dias, um dos responsáveis pela investigação disse que investigações estavam no início e que não estava descarta nenhuma hipótese. Trabalhavam inicialmente com hipóteses desde crime eleitoral, já que Alexandre era coordenador da campanha eleitoral, até a possibilidade de ser um crime passional. Em agosto de 2011 a Polícia Civil informou que a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) passaria a investigar o crime. O delegado Flávio Henrique Stringueta disse à ocasião que as investigações apontavam que o crime teria como motivação questões políticas.

Reprodução
Alexandre Marchioro da Silva foi morto asfixiado e teve o corpo ateado fogo e abandonado numa rodovia

Um parecer preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que o advogado provavelmente foi asfixiado antes de ter o fogo ateado ao seu corpo. O fogo atingiu principalmente a parte inferior do corpo. Porém, passados 4 anos, o caso continua sem solução e ninguém está preso pelo crime. Alexandre morava em Nova Ubiratã e na noite anterior à localização de seu corpo esteve em Sorriso e saiu da cidade falando que voltaria para o município onde morava.

A Polícia conseguiu descobrir que ele mesmo parou em um posto de combustível e comprou 20 litros de gasolina que iria levar para um assentamento. Porém, o combustível foi utilizado por alguém para atear fogo ao corpo da vítima.

Quatro pessoas foram indiciadas pelo crime, mas a Justiça negou o pedido de prisão delas. Um dos indiciados é o ex-diretor do Centro de Ressocialização de Sorriso, Adomires Soares Sampaio, conhecido como “Mandioca”. Os outros são o ex-sócio da vítima, João Paulo Castaldo, Walmir Ramos e Genivaldo Ferreira dos Santos.





Fonte: A Gazeta

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