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Cidades
Domingo - 10 de Fevereiro de 2013 às 23:50

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Quem visita as feiras e supermercados da Grande Cuiabá já percebeu aumento no preço das verduras e legumes desde dezembro. A alta, de acordo com os feirantes, é ocasionada principalmente pelo período chuvoso que prejudica a produção e faz as hortaliças estragarem mais rápido tanto nas hortas quanto nas bancas e gôndolas. O campeão de reclamação na hora da compra é o tomate, que dobrou de preço. Há cerca de 2 meses, o consumidor pagava entre R$ 3 e R$ 3,50 pelo quilo da fruta, e hoje precisa desembolsar entre R$ 6 a R$ 7 se quiser levar para casa o produto indispensável para uma boa salada e muito utilizado em lanches, molhos para massas e nos mais variados pratos.

Com os fatores climáticos desfavoráveis para o produtor, as perdas nas lavouras são inevitáveis. O reflexo disso pode ser conferido nas gôndolas dos supermercados e nas bancas de verduras e legumes do tradicional Mercado do Porto, na Capital. Quem aproveita as promoções de alguns supermercados realizadas em determinados dias da semana não tem encontrado o tomate e a batata na promoção. Isso porque são itens de grande procura em qualquer época do ano e o cliente, sem opção de preços menores, acaba levando assim mesmo, porém, em menor quantidade.

A maior parte das verduras teve alta nos preços acima de 50%. Mas também há produtos considerados resistentes às chuvas, que não escaparam da alta e estão custando quase o dobro de antes. É o caso do chuchu que subiu até 70% saltando de R$ 2,99 para R$ 4,99 o quilo em algumas bancas do Mercado do Porto. A alta no preço do produto é algo inédito e nem os feirantes conseguem explicar o por que do acréscimo. “Sou feirante há 18 anos e nesse tempo o chuchu nunca teve um preço tão alto como agora. Teve dias que nem coloquei pra vender”, conta Sérgio Luperinni, 47, dono de uma banca de verduras e legumes no Mercado do Porto. “Não é só o cliente que fica perdido, nós feirantes também ficamos confusos sem saber o que fazer ou responder”, confessa ele em tom sorridente.

De acordo com Luperini, o chuchu não é prejudicado com excesso de chuvas, mas ele não sabe informar o motivo do reajuste ocorrido há cerca de 1 mês. “Não aguento mais dar explicação para os clientes. A gente já compra de terceiros e nem tem contato com os produtores”, diz o feirante explicando que antes pagava entre R$ 15 e R$ 20 por uma caixa com 20 Kg do legume. Mas agora com o aumento, precisa desembolsar entre R$ 50 e R$ 60. O preço final saltou dos cerca de R$ 2 para R$ 3,90 o quilo.
Feirante no local há 17 anos, Arenil Viegas, 50, conta que todo ano o preço das verduras sobe no período das chuvas, pois os produtores fornecem o produto mais caro e o feirante precisa passar o reajuste ao consumidor. “A maioria das hortas não tem estufas, cobertura que protege as verduras da chuva, o que dificulta a produção. Com o excesso de água as verduras estragam mais rápido, pois sem a proteção, quando chove corta as folhas”.

Arenil explica que fora do período chuvoso pagava entre R$ 10 e R$ 12 na dúzia do alface, e revendia cada maço em torno de R$ 1,50. Mas hoje, quando vai no Centro de Distribuição do Verdão para comprar dos produtores, precisa desembolsar R$ 20 pela mesma quantidade da verdura. “Agora, para ganharmos um pouquinho, precisamos vender entre R$ 2,50 e R$ 3”, afirma a feirante explicando que em cada maço vai 2 ou 3 pés de alface, dependendo do tamanho da planta. O cheiro verde também foi reajustado, na banca de Arenil. O produto antes vendido a 55 centavos hoje custa R$ 1.

 





Fonte: A Gazeta

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