Leandro e Ludenildo não poderiam trabalhar no carnaval de Santos. Além deles, outras duas pessoas morreram eletrocutadas após desfile.
Vítimas de choque em carro alegórico estavam em prisão domiciliar
De acordo com o delegado, Leandro e Ludenildo cometeram o crime de roubo. Eles estavam em prisão albergue domiciliar, que pode ser aplicada como medida de prevenção judicial quando a pessoa fica proibida de sair da sua residência até ser julgada, ou como medida de pena, em casos já julgados, após ter cumprido parcialmente essa pena em cadeia.
Delegado fala sobre o incêndio que matou
quatro pessoas (Foto: G1 Santos)
Os dois jovens, que eram amigos, não deveriam estar naquele local no momento do acidente. “Eles foram autuados em flagrante por roubo no município de São Vicente. Eles estavam em regime de prisão albergue domiciliar, ou seja, a partir das 22h, eles deveriam estar em casa com suas famílias”, explica o delegado.
Ainda segundo o delegado, na maioria das vezes, há falha na fiscalização nesses tipos de situações. Caso eles fossem reconhecidos no local, antes do acidente, eles seriam conduzidos para a delegacia mais próxima.
Caso
Quatro pessoas morreram e seis ficaram feridas depois que um carro alegórico da escola de samba Sangue Jovem tocou em fios elétricos e pegou fogo na madrugada desta terça-feira (12) em Santos, no litoral de São Paulo, durante os desfiles do grupo especial do carnaval da cidade. As vítimas, três contratados pela própria agremiação, além de uma mulher que acompanhava a festa, morreram eletrocutadas. Segundo os Bombeiros, outras seis pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para atendimento. O estado de saúde das outras cinco é estável.
O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, decretou luto oficial de três dias na cidade, além de cancelar a programação de carnaval ainda prevista para o município. Barbosa, inclusive, declarou que a Prefeitura vai procurar o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, para que o laudo conclusivo da perícia feita no local da tragédia esteja em mãos do Poder Público em menos de um mês - conforme a Polícia Civil, o laudo seria apresentado em até 30 dias.
Um dos que desfilaram no carro incendiado foi o ex-jogador Coutinho. Ele desceu pouco antes do veículo ser incendiado. "É triste. Infelizmente as pessoas acabam perdendo os entes queridos em um piscar de olhos", afirmou.
Personalidade homenageada pela alegoria "Rei da Bola", Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, encaminhou ao G1 uma nota lamentando a tragédia no carnaval santista. "Eu, Edson Arantes do Nascimento - Pelé também participo dos sentimentos dos familiares. Isto é coisa que não podemos entender, mas temos que entregar nas mãos de Deus".
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