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Política
Sexta - 15 de Fevereiro de 2013 às 13:48

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O senador Pedro Taques (PDT-MT) não poupou criticas à situação das estradas em Mato Grosso, que piorou por causa das chuvas dos últimos dias e ameaça até o abastecimento de medicamentos, água, alimentos e gás de cozinha em muitos municípios do Estado.
 
Em discurso feito no Senado, o parlamentar questionou a falta de investimentos em infraestrutura por parte dos governos federal e estadual e lembra que há um paradoxo entre o crescimento econômico do Estado e os valores investidos pelo poder público para a melhorias das condições da vida da população.
 
Ao bater na tecla de que os problemas estruturais de Mato Grosso são decorrentes de má gestão dos governo estadual e federal, Taques citou dados da Secretaria Estadual de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), segundo os quais a economia de Mato Grosso cresceu 24,9% em 2012, percentual superior ao crescimento do centro-oeste (22,29%).
 
Ele ressaltou ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) estadual representa, atualmente, quase 20% da economia regional e que enquanto o PIB do país cresceu 1,4%, o do Estado chegou a 5,5%. Já a receita do Estado, acrescenta o parlamentar, passou de R$ 6,5 bilhões em 2007 para mais de R$ 11,5 bilhões em 2012.
 
Em seu discurso, Taques afirmou que a falta de investimentos em estradas deixa muitos caminhoneiros presos em diversas rodovias, como nas MTs 170, entre Juruena a Aripuanã, na MT 100, próximos a Barra do Garças, assim como na região de Paranatinga, onde moradores bloquearam as rodovias como forma de protesto e alerta para futuros bloqueios na MT.
 
O parlmentar cobrou ações efetivas dos governos como a execução da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, inicialmente orçada em R$ 4,1 bilhões, a federalização da MT 473, obras como as MTs 407 e 444, conhecidas como rodovia dos Imigrantes e Mário Andreazza.
 
Pedro Taques também destacou o apelo que entidades como Aprosoja e Acrimat têm feito para que os governos melhorem a condições de Infraestrutura para escoamento da produção agropecuária.
 
O senador disse ainda que o governo federal anunciou ano passado o "Plano Nacional de Logística: Rodovias e Ferrovias", que prevê duplicar 7.500 quilômetros de rodovias e construir 10 mil quilômetros de ferrovias, em parceria com empresas do setor privado por meio de concessões. Para as rodovias, o total investido será R$ 42 bilhões e para as ferrovias, o programa de investimentos soma R$ 91 bilhões.
 
“Governador, o dinheiro já chegou? Como senador da República, estou na primeira linha de defesa do povo de Mato Grosso. Aqui de Brasília, estamos atentos à situação e atuamos em frentes pelo desenvolvimento da logística do transporte para que não só o modal rodoviário, mas o ferroviário e o hidroviário recebam atenção. Eu acompanho todos os dias não só a liberação dos recursos, mas também a fiscalização da aplicação desse dinheiro público”, questionou ao cobrar do governador Silval Barbosa.
 
“Senhor Governador, é sua a responsabilidade de comandar a execução das obras. Nós, parlamentares, temos que levantar os problemas, buscar os recursos; mas sem que o governo estadual faça a sua parte no planejamento, os recursos vão ficar parados aqui por incapacidade do Estado de usá-los bem”, acrescentou.

 






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