Homero articula indicação ao TCE; Ságuas mira vaga na Câmara Federal
Homero vai sair de licença para tratamento de um câncer no estômago. A priori, o afastamento é apenas temporário e não interessa ao secretário, mas caso o parlamentar renuncie ao cargo para se tornar conselheiro, o quadro muda. Ságuas ressaltou que não ouviu do próprio deputado a intenção de integrar o Pleno do TCE. O assunto, no entanto, já é recorrente nos bastidores da política.
“Fiquei sabendo por notícias dos corredores e caso realmente ocorra é preciso avaliar. Agora, para tratamento de saúde são quatro meses e o político pode voltar a qualquer momento, por esse período não tenho interesse. Estou com projetos novos na pasta, sair e retornar fica complicado”, declarou o petista.
Quanto à possibilidade da 2ª suplente da coligação (PT-PR-PMDB), ex-senadora Serys Marly (sem partido) ser beneficiada com a vaga, caso não queira assumir, Ságuas disse que precisa ser discutida internamente no partido. “Fomos pegos de surpresa com a licença do Homero. Se a Serys não tivesse saído da legenda seria automático. Agora, temos que analisar e também nem sei se ela vai topar”. A ex-petista se desfiliou no ano passado sob argumento de discriminação, perseguição e injustiça por parte da ala majoritária da sigla no Estado.
Neste sábado (16), haverá um encontro estadual do PT em Cuiabá. Segundo o secretário, entretanto, a vaga na Câmara Federal não está na pauta de discussões, embora possa ser debatida. O evento vai contar com a presença do presidente nacional da legenda Rui Falcão e debaterá políticas partidárias.
TCE e Câmara
Caso Homero realmente assuma uma cadeira no tribunal, Ságuas finalmente conquistaria uma vaga no Congresso. Em 2011 o petista entrou num intenso embate judicial com Nilson Leitão (PSDB), mas acabou derrotado devido ao posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições 2010.
Já Homero se tornaria conselheiro em substituição a Humberto Bosaipo, afastado do cargo desde março de 2011, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolher denúncia oferecida pelo Ministério Público na qual é investigado por crimes de peculato (apropriação, ou desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. Em 2012 o órgão renovou por mais um ano seu afastamento. Desde então, o auditor-substituto de conselheiro, Luiz Henrique Lima, atua no lugar de Bosaipo. A prerrogativa para indicação do substituto oficial pertence a Assembleia Legislativa.
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