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Internacional
Sábado - 16 de Fevereiro de 2013 às 20:40

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Um atentado a bomba deixou pelo menos 52 mortos e cerca de 200 de feridos em uma região mulçumana da cidade de Quetta, no Paquistão, neste sábado (16).

Segundo a polícia local, a maior parte das vítimas fazia parte da minoria xiita, que tem sido alvo constante de ataques por parte de militantes sunitas em 2013. O ataque aconteceu em uma área comercial da cidade. A bomba, que foi acionada à distância, explodiu na cidade de Hazara, onde os xiitas são maioria, perto de Quetta, capital da província do Baluchistão, informaram diversas fontes.

Fumaça é vista após ataque a bomba em área xiita da cidade de Quetta, no Paquistão (Foto: Naseer Ahmed/Reuters)Fumaça é vista após ataque a bomba em área xiita da cidade de Quetta, no Paquistão (Foto: Naseer Ahmed/Reuters)

"Pelo menos 52 pessoas morreram" e 200 ficaram feridas, declarou à AFP Fayaz Ahmed, um funcionário do alto escalão da polícia local, que revisou o número de vítimas do ataque. "Foi uma bomba detonada por controle remoto", disse Wazir Khan Nasir, outro funcionário da polícia, enfatizando que "o alvo deste atentado era a comunidade xiita".

"O edifício-alvo da bomba desmoronou, e pessoas estão presas debaixo dos destroços", informou o secretário encarregado dos assuntos internos da região, Akbar Hussain Durrani, anunciando que mulheres e crianças fazem parte das vítimas.

Após o atentado, uma multidão enfurecida lançou pedras contra a polícia, acusada de não proteger os xiitas, de acordo com testemunhas.

Os episódios de violência contra a minoria xiita, julgada herética por alguns grupos sunitas extremistas, multiplicaram-se nos últimos anos no Paquistão, principalmente no Baluchistão, que faz fronteira com o Irã e o Afeganistão.

Paramédicos e familiares observam corpos das vítimas do ataque, que deixou mais de 50 mortos (Foto: Paramedics and families stand near victims of a bomb attack in a ShiParamédicos e familiares observam corpos das vítimas do ataque, que deixou mais de 50 mortos (Foto: Naseer Ahmed/Reuters )

O atentado foi reivindicado pelo Lashkar-e-Jhangvi, grupo armado sunita fundado nos anos 1990 e proibido oficialmente no Paquistão, o que não o impede de cometer crimes violentos.

Este movimento armado reivindicou também, no mês anterior, o ataque mais mortífero contra a comunidade xiita no Paquistão: um atentado suicida duplo en frente ao clube de bilhar de Quetta, que resultou na morte de 80 xiitas.

De acordo com a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), mais de 400 xiitas foram mortos no Paquistão em 2012, ano mais sangrento para esta comunidade na história do país.






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