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Riva e Pinheiro discutem por causa de situação de vice-governador Chico Daltro
Deputados trocam acusações durante sessão na AL
A situação de acúmulo de funções e poderes do vice-governador Chico Daltro (PSD) provocou um bate-boca entre o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) e o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), na sessão matutina desta quinta-feira (21).
Os dois trocaram acusações na tribuna – Riva disse que Pinheiro acumula o recebimento de salário com aposentadoria, enquanto o republicano acusou o social-democrata de abusar de seu poder e censurar os deputados.
O bate-boca foi interrompido ao final da manhã, porque restaram poucos deputados no plenário, e a sessão foi encerrada.
A discussão começou quando Pinheiro subiu à tribuna para questionar, mais uma vez, o fato de Chico Daltro acumular o comando da Secretaria de Cidades com as funções vinculadas ao gabinete do vice-governador, como a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager) e a Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso (MT Fomento).
“Não tenho nada de pessoal contra o Chico Daltro, que considero um homem capacitado e de bem. Mas não podemos aceitar que uma pessoa sendo vice-governador tenha poderes que deformam o Governo. Hoje, o vice-governador é o Chico Daltro, mas, daqui a dois anos, será outro, e depois outro”, afirmou Pinheiro.
Diante do novo pronunciamento de Pinheiro, Riva se irritou e saiu em defesa do vice-governador. Ele acusou o republicano de estar agindo por “birra”, e reclamou do fato de Pinheiro ter tornado as críticas públicas sem antes conversar com Daltro sobre a suposta ilegalidade de sua situação.
“Essa discussão está ficando pessoalizada. Ninguém entende essa birra do Emanuel Pinheiro com o Chico Daltro. Ele deveria ter conversado com o vice-governador e dito que essa situação é ilegal. Mas, o deputado vem primeiro falar na tribuna e expor todo mundo? Se todas as coisas tomarem essa proporção de serem jogadas no ventilador...”, disse.
Ele afirmou que a “birra” de Pinheiro começou quando Daltro recebeu do governador Silval Barbosa (PMDB) a “missão” de fazer a licitação do transporte coletivo intermunicipal.
“Isso bastou para o senhor se voltar contra ele. Chico Daltro é um grande parceiro, e eu não vou ver alguém apanhando de forma injusta e me calar”, disparou o presidente.
Segundo Daltro já declarou em entrevistas, Pinheiro seria contra a licitação das linhas de ônibus intermunicipais porque defenderia interesses de parentes que possuem empresas de sistema de transporte coletivo do Estado.
Riva afirmou que o republicano é muito enfático ao apontar irregularidades alheias, mas que ele também está em situação irregular.
“Emanuel Pinheiro está falando de irregularidade, mas ele recebe o FAP (aposentadoria parlamentar) e o salário de deputado. Chico Daltro já foi deputado e não recebe FAP”, afirmou Riva.
Censura e intimidação
Ao retrucar, Emanuel Pinheiro reclamou que está sendo intimidado por Riva e o acusou de censurar os outros deputados, bem como abusar de seu poder.
“Eu não vou aceitar de nenhuma forma essa postura intimidatória e ameaçadora, tentando ditar normas de conduta para mim, principalmente se isso partir do presidente Riva. Aqui na Assembleia, é proibido pensar. Pensou diferente do Riva, entrou no corredor da morte”, esbravejou Pinheiro.
“Ele tem muita habilidade, faz trocadilhos, distorce as minhas palavras, tentando me colocar no canto do ringue para eu não expressar minhas ideias. Estou convencido de que não é só o vice-governador que tem que ter um freio. Aqui na Assembleia o Riva também precisa ser freado”, disse.
“O senhor está excedendo seu poder há muito tempo. Talvez 20 anos nessa Casa estejam fazendo mal ao seu comportamento. Montesquieu dizia que a tendência do homem é abusar do seu poder. Por isso, eu votei contra a emenda da reeleição”, completou o deputado do PR, citando o filósofo francês Charles de Montesquieu.
Pinheiro ainda acusou Riva de “descer do pedestal de presidente” para se rebaixar a discussões partidárias. “O senhor vestiu a camisa do correligionário do PSD e, em vez de me defender, como membro desta Casa, defendeu o presidente do seu partido”, reclamou.
“A minha postura é institucional, mas o presidente Riva não vê isso porque não tem enxergado de forma institucional. Ele fica cego pelas questões partidárias. Eu não ataquei o Chico Daltro, e sim os superpoderes do vice-governador”, concluiu Pinheiro.
“Inimigo declarado”
José Riva ironizou Pinheiro e afirmou que ele mente ao dizer que foi contra a sua reeleição como presidente da Assembleia.
“O deputado Emanuel foi o primeiro a me propor a reeleição, e até se ofereceu para propor a emenda que permitiu isso. Aí, ele começou um trabalho de me denegrir pelas costas. Que bom que agora ele está fazendo pela frente, pois eu gosto de inimigos declarados”, afirmou.
“O senhor é como uma criança birrenta, não gosta de ser contrariado. Eu não tenho problema em ser contrariado. E eu odeio puxa-saco, pois puxa-saco só faz a gente afundar”, completou Riva.
O deputado Romoaldo Júnior (PMDB) tentou acalmar os ânimos dos deputados. “Os temperamentos têm que ser esfriados, e todos têm que medir suas palavras”, disse.
Em seguida, Emanuel Pinheiro pediu a palavra para prosseguir com o bate-boca. Porém, como restavam apenas sete deputados no plenário, Romoaldo, que presidia a sessão, resolveu encerrá-la, negando ao colega a possibilidade de rebater Riva novamente.
Os dois trocaram acusações na tribuna – Riva disse que Pinheiro acumula o recebimento de salário com aposentadoria, enquanto o republicano acusou o social-democrata de abusar de seu poder e censurar os deputados.
O bate-boca foi interrompido ao final da manhã, porque restaram poucos deputados no plenário, e a sessão foi encerrada.
A discussão começou quando Pinheiro subiu à tribuna para questionar, mais uma vez, o fato de Chico Daltro acumular o comando da Secretaria de Cidades com as funções vinculadas ao gabinete do vice-governador, como a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager) e a Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso (MT Fomento).
“Não tenho nada de pessoal contra o Chico Daltro, que considero um homem capacitado e de bem. Mas não podemos aceitar que uma pessoa sendo vice-governador tenha poderes que deformam o Governo. Hoje, o vice-governador é o Chico Daltro, mas, daqui a dois anos, será outro, e depois outro”, afirmou Pinheiro.
Diante do novo pronunciamento de Pinheiro, Riva se irritou e saiu em defesa do vice-governador. Ele acusou o republicano de estar agindo por “birra”, e reclamou do fato de Pinheiro ter tornado as críticas públicas sem antes conversar com Daltro sobre a suposta ilegalidade de sua situação.
“Essa discussão está ficando pessoalizada. Ninguém entende essa birra do Emanuel Pinheiro com o Chico Daltro. Ele deveria ter conversado com o vice-governador e dito que essa situação é ilegal. Mas, o deputado vem primeiro falar na tribuna e expor todo mundo? Se todas as coisas tomarem essa proporção de serem jogadas no ventilador...”, disse.
Ele afirmou que a “birra” de Pinheiro começou quando Daltro recebeu do governador Silval Barbosa (PMDB) a “missão” de fazer a licitação do transporte coletivo intermunicipal.
“Isso bastou para o senhor se voltar contra ele. Chico Daltro é um grande parceiro, e eu não vou ver alguém apanhando de forma injusta e me calar”, disparou o presidente.
Segundo Daltro já declarou em entrevistas, Pinheiro seria contra a licitação das linhas de ônibus intermunicipais porque defenderia interesses de parentes que possuem empresas de sistema de transporte coletivo do Estado.
Riva afirmou que o republicano é muito enfático ao apontar irregularidades alheias, mas que ele também está em situação irregular.
“Emanuel Pinheiro está falando de irregularidade, mas ele recebe o FAP (aposentadoria parlamentar) e o salário de deputado. Chico Daltro já foi deputado e não recebe FAP”, afirmou Riva.
Censura e intimidação
Ao retrucar, Emanuel Pinheiro reclamou que está sendo intimidado por Riva e o acusou de censurar os outros deputados, bem como abusar de seu poder.
“Eu não vou aceitar de nenhuma forma essa postura intimidatória e ameaçadora, tentando ditar normas de conduta para mim, principalmente se isso partir do presidente Riva. Aqui na Assembleia, é proibido pensar. Pensou diferente do Riva, entrou no corredor da morte”, esbravejou Pinheiro.
“Ele tem muita habilidade, faz trocadilhos, distorce as minhas palavras, tentando me colocar no canto do ringue para eu não expressar minhas ideias. Estou convencido de que não é só o vice-governador que tem que ter um freio. Aqui na Assembleia o Riva também precisa ser freado”, disse.
“O senhor está excedendo seu poder há muito tempo. Talvez 20 anos nessa Casa estejam fazendo mal ao seu comportamento. Montesquieu dizia que a tendência do homem é abusar do seu poder. Por isso, eu votei contra a emenda da reeleição”, completou o deputado do PR, citando o filósofo francês Charles de Montesquieu.
Pinheiro ainda acusou Riva de “descer do pedestal de presidente” para se rebaixar a discussões partidárias. “O senhor vestiu a camisa do correligionário do PSD e, em vez de me defender, como membro desta Casa, defendeu o presidente do seu partido”, reclamou.
“A minha postura é institucional, mas o presidente Riva não vê isso porque não tem enxergado de forma institucional. Ele fica cego pelas questões partidárias. Eu não ataquei o Chico Daltro, e sim os superpoderes do vice-governador”, concluiu Pinheiro.
“Inimigo declarado”
José Riva ironizou Pinheiro e afirmou que ele mente ao dizer que foi contra a sua reeleição como presidente da Assembleia.
“O deputado Emanuel foi o primeiro a me propor a reeleição, e até se ofereceu para propor a emenda que permitiu isso. Aí, ele começou um trabalho de me denegrir pelas costas. Que bom que agora ele está fazendo pela frente, pois eu gosto de inimigos declarados”, afirmou.
“O senhor é como uma criança birrenta, não gosta de ser contrariado. Eu não tenho problema em ser contrariado. E eu odeio puxa-saco, pois puxa-saco só faz a gente afundar”, completou Riva.
O deputado Romoaldo Júnior (PMDB) tentou acalmar os ânimos dos deputados. “Os temperamentos têm que ser esfriados, e todos têm que medir suas palavras”, disse.
Em seguida, Emanuel Pinheiro pediu a palavra para prosseguir com o bate-boca. Porém, como restavam apenas sete deputados no plenário, Romoaldo, que presidia a sessão, resolveu encerrá-la, negando ao colega a possibilidade de rebater Riva novamente.
Fonte:
Midia News
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/20973/visualizar/
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