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Nacional
Sexta - 22 de Fevereiro de 2013 às 01:28

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Os advogados do publicitário Gil Rugai, 29 anos, acusado de ter matado, em 2004, o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitiño, apontaram nesta quinta-feira - 4º dia do julgamento do caso - como principal suspeito de cometer o crime um ex-funcionário do empresário, que estaria supostamente "desaparecido". De acordo com a defesa, o suspeito seria um ex-assistente de Luiz Carlos que tinha as chaves da casa onde o casal foi morto e estaria interessado em receber R$ 600 mil de uma dívida trabalhista que a vítima tinha com ele.

 

O suspeito apresentado pela defesa foi justamente a testemunha que, à Polícia Civil, disse que Gil Rugai brigou com o pai dias antes do crime e foi expulso de casa. O motivo da briga, segundo a testemunha relatou, era que o pai teria descoberto um desvio cometido pelo filho na empresa dele. A defesa disse, no entanto, que tentou convocá-lo para depor no julgamento, que acontece desde a segunda-feira no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, mas não conseguiu localizá-lo, porque seu número não existe mais e seu endereço atual é desconhecido - classificando-o como "desaparecido".

 

"Não sei se ele matou, mas me parece que ele tem bastante motivo para matar: R$ 600 mil. Era um funcionário da empresa Referência, assim que se inicia essa investigação ele mesmo diz: "somente duas pessoas tinham as chaves (da casa): eu e o Gil". Pergunto: por que ele não foi investigado? Segundo, é ele quem dá o motivo mentiroso de que o Gil teria brigado com o pai. (...) E depois ele acredita, e põe no papel, que o Luiz Rugai deve a ele R$ 600 mil, referente a uma dívida trabalhista", disse Marcelo Feller, um dos advogados de Gil Rugai.

 

Embora admita não ter como provar que ele é o autor dos disparos que mataram o casal, o advogado afirmou que ele deveria ter sido investigado "desde o primeiro dia após o crime" pela Polícia Civil, o que, segundo ele, não foi feito. Em plenário, no entanto, o delegado Rodolfo Chiareli, responsável pelo caso na época, disse ter ouvido cerca de 100 pessoas na investigação, mas afirmou que "todos os elementos" apontaram "apenas para Gil Rugai".

 

O advogado, que já havia insinuado em plenário durante o julgamento que uma outra testemunha, Alberto Bazaia Neto, teria envolvimento com tráfico de drogas e poderia ter relação com os crimes (embora ainda não tenha explicado qual seria essa relação), não soube explicar, no entanto, qual a ligação entre essa testemunha e o ex-funcionário. Bazaia Neto era instrutor de voo da vítima e contou à polícia que o pai de Rugai revelou a ele uma briga entre os dois.

 

Para a defesa, no entanto, a polícia ignorou o fato de que o aeroclube onde ele dava aulas para a vítima era uma porta de entrada para drogas e que Luiz Carlos filmou a última aula que teve no local. Em plenário, no entanto, ele negou qualquer relação com drogas e com o caso, e disse que nem conhecia pessoalmente o réu.

 

O promotor Rogério Leão Zagallo minimizou a apresentação desses "suspeitos" e lembrou que, não só a defesa não apresentou provas dessa suspeita, como as duas pessoas citadas - Bazaia e o ex-funcionário - podem processar os advogados de Gil Rugai por calúnia. 





Fonte: Terra

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