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Sexta - 22 de Fevereiro de 2013 às 09:51

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O empresário Silas Caetano de Farias, de 73 anos, foi condenado a 13 anos de prisão por mandar matar o filho dele, Jorge Henrique Pufal Salomão, que seria filho ilegítimo dele. Ele foi julgado pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira (21), no Fórum de Cuiabá. A defesa alegou que a vítima, assassinada a tiros em 2005, em Cuiabá, é irmão do filho de Silas, Érico Pufal de Farias, o qual o empresário também é acusado de mandar matar.

Ao G1 o advogado Waldir Caldas, que atua na defesa do réu, disse que vai recorrer no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). De acordo com ele, a vítima e o acusado tiveram convívio, já que Jorge era irmão do filho dele. "Foi uma condenação injusta porque a carta apresentada como prova de que o Silas teria mandado matar o Jorge não foi escrita pela vítima. Ontem ficou demonstrado no júri que a assinatura que consta na carta não é do Jorge", argumentou, ao afirmar que, nessa carta, o Jorge teria dito que se algum mal lhe acontecesse o responsável seria o Silas.

O empresário foi preso em 2011, mas consegui a liberdade alguns meses depois porque estaria com a saúde debilitada, principalmente em função da idade avançada e cumpria pena domiciliar. Agora, a Justiça determinou a prisão em regime inicialmente fechado. "A culpabilidade do réu é acentuada na medida em que, como autor mediato do crime, agiu com desígnio e premeditação no seu intento delituoso, pois diante da declaração registrada em cartório pela vitima, em retaliação contratou terceira pessoa para executá-la, o que configura a intensidade do dolo, revelando uma maior reprovabilidade social que, por sua vez, leva à majoração da pena-base", diz trecho da decisão do júri, presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), no dia 4 de setembro de 2005, na estrada que dá acesso à Ponte de Ferro, no bairro Planalto, em Cuiabá, a vítima foi morta com nove tiros, sendo que sete atingiram as costas e dois a cabeça. Jorge ainda teria tentado fugir. O autor dos disparos, pessoa não identificada, teria sido contratada por Silas Caetano.

O crime teria sido motivado por vingança porque a vítima havia registrado uma declaração em cartório, afirmando que estava sendo ameaçada pelo réu, "o qual seria chefe de um grupo organizado para a prática de crimes".

Além de Jorge, o empresário foi julgado pela morte de outro rapaz que seria considerado seu filho, mas que depois um teste de DNA derrubou a hipótese de paternidade. Ele foi absolvido dessa acusação em julgamento realizado em novembro do ano passado.

Ele ainda deve ser julgado pela morte de Érico Pufal de Farias. Considerada principal testemunha dos homicídios, a vítima que era filho do empresário, foi morto em 2006, supostamente como "queima de arquivo". Em março de 2009, Jassan Thiago Jorge, de 33 anos, sofreu um atentado. Levou sete tiros e sobreviveu. O acusado de encomendar o crime também seria o empresário.





Fonte: Do G1 MT

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