Sean Goldman: família brasileira está sem notícias
dele há 3 anos (Foto: Reprodução TV)
“É um avanço claro. Agora há uma decisão judicial sobre itens absurdos para estar com a criança, mas como não há boa vontade pelo lado paterno pode ser que se arraste por mais um ano. Quero ver como vai ser na prática, porque na teoria é uma coisa e na prática é outra”, disse Silvana em entrevista ao G1.
Segundo a avó, há 3 anos e 2 meses as duas partes estão buscando um acordo para que a família brasileira encontre o menino. “O que me é pedido são coisas absurdas”, afirmou. Entre as exigências, está a da avó não falar em português com o neto e pagar os gastos do pai na discussão do processo na Justiça.
Advogados
De acordo com Silvana Bianchi, faz 2 anos e 3 meses que ela não tem qualquer tipo de contato com o neto. Dois advogados estão atuando no caso em nome da família brasileira - Carlos Nicodemos e Frans Nederstigt.
A nova decisão é em âmbito da Justiça estadual de Nova Jersey e agora, segundo Carlos Nicodemos, eles estão analisando se é possível que ela seja discutida em nível federal com base na convenção de Haia, da qual o Brasil é signatário. Entre outros pontos, a convenção trata de casos de subtração ou retenção indevida de crianças. “O processo sobre o prazo para o encontro com o menino pode ser mais rápido se a decisão for em âmbito federal considerando a convenção de Haia”, explicou.
Carlos Nicodemos disse ainda que desde novembro a família aguarda uma intervenção da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, para que possa haver uma visita consular ao menino. Ele explicou que desde o estado de Nova Jersey foi atingido pelo furacão Sandy a família não tem informações sobre a criança.”Estamos esperando pela ministra Maria do Rosário para conseguir uma visita consular para verificar qual é o estado do Sean. Nós não sabemos nem a localização dele”, informou em entrevista ao G1.
Nicodemos esclareceu ainda que a ação na justiça americana feita pela família brasileira em momento algum está questionando a guarda de Sean, mas sim a permanência de encontros entre o menino e a avó. “A guarda não está sendo discutida. Só a visita. Não estamos em momento algum questionando a decisão sobre a guarda”, completou.
Disputa judicial
A disputa judicial pela guarda do garoto começou depois da morte da mãe de Sean, Bruna Bianchi, em 2008. Antes da decisão da Justiça brasileira autorizando a permanência do garoto com o pai biológico, Sean morava no Brasil havia quase 5 anos, após ter sido trazido dos Estados Unidos pela mãe. Já no Brasil, Bruna Bianchi se separou de David e se casou com o advogado João Paulo Lins e Silva. Em 2008, após a morte de Bruna, o padrasto ficou com a guarda provisória da criança. David Goldman, no entanto, entrou na Justiça e pediu o retorno da criança aos Estados Unidos, o que aconteceu em dezembro de 2009.
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