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Cidades
Sábado - 23 de Fevereiro de 2013 às 08:12

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Escolas públicas de Tangará da Serra não possuem alvará de Prevenção Contra Incêndio. A reportagem da Rádio Pioneira visitou nesta semana algumas das maiores escolas públicas estaduais, para saber se possuíam alvará de prevenção contra incêndio ou se pelo menos atendiam as questões mínimas de segurança. O resultado não foi muito animador.


Considerada a maior instituição de ensino de Tangará da Serra e com uma estrutura moderna a escola 29 de Novembro que tem atualmente cerca de 1.600 alunos, não possui nenhum extintor de incêndio instalado. Informações levantadas por nossa reportagem dão conta de que os extintores estão guardados em uma caixa e alojados em um depósito da escola.


No entanto os problemas não param por ai. Os corredores dos dois pavilhões possuem hidrantes de parede em seus respectivos locais. Porém nenhum deles está funcionando. Os equipamentos não possuem as mangueiras necessárias.


A direção da escola não quis gravar entrevista, porém confirmou que de fato a escola não atende a nenhuma exigência mínima de segurança. Ela inclusive já foi notificada tendo um prazo para se adequar, caso isso não aconteça ela corre o risco de ser interditada. Conforme apurado por nossa reportagem, um documento foi encaminhado à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informando sobre a notificação, mas até o momento a direção não obteve nenhuma resposta.


Na escola 13 de Maio a situação não é muito diferente. O local também não atende as exigências mínimas de segurança em caso de incêndio, muito menos possui alvará. A escola conta com 1.100 alunos divididos entre os três períodos. Extintores existem somente nas salas que abrigam os laboratórios que ainda não estão funcionando e fica o tempo todo trancado. Por outro lado, a escola leva a vantagem de possuir três saídas grandes para casos de emergência e contar com um enorme pátio.


Já na escola Ramon Sanches Marques, há um extintor apenas no Laboratório de Ciências. Uma funcionária do local informou que o Corpo de Bombeiros vistoriou a escola em setembro do ano passado. O prazo para adequação foi de 30 dias. Cinco meses se passaram, e nenhuma solução foi tomada. A direção da escola também não quis gravar entrevista.


O QUE DIZ O CORPO DE BOMBEIROS


O Corpo de Bombeiros de Tangará da Serra afirma que as vistorias e notificações estão sendo feitas nas escolas. O tenente Donato Coelho, informou que a maioria das escolas particulares tem o projeto contra incêndio, e falta apenas a regularização para que posteriormente seja feita a vistoria.


Contudo as escolas estaduais e municipais esbarram na dificuldade para regularização, devido à questão orçamentária. “Mas estamos orientando-as para que tenham os preventivos mínimos que a lei exige como sinalização e iluminação de emergência, extintores e saídas de emergência”, afirma.


Quem não se adequar, conforme o sargento irá sofrer as conseqüências da lei com multa e até interdição do local. “A lei da um prazo e exige do responsável a regularização. Se não houver, ele será notificando novamente, podendo ter sanção de multa e interdição do local”, afirma o tenente.


O oficial explica ainda que o prazo de adequação varia de acordo com a metragem e o risco de cada escola. “Acima de 750 metros quadrados a maioria das escolas tem 120 dias para colocar todos os preventivos; isso se ela tiver projeto aprovado com o Corpo de Bombeiros. Se ela não tiver, será dado um prazo de 30 dias para entrar com o projeto, que precisa ser feito com um engenheiro de segurança do trabalho credenciado no CB”, explica o tenente ressaltando que depois de dada entrada com o projeto, será feita nova vistoria e concedido um novo prazo para regularização.


POR OUTRO LADO – O tenente afirmou na reportagem que as escolas 13 de Maio e 29 de Novembro receberam a visita do Corpo de Bombeiros, constatando que elas possuíam os preventivos mínimos de segurança. “Na escola 29 de Novembro há um hidrante instalado, que devido à falta de manutenção está deteriorado. Os alunos usaram para brincadeiras o que acabou resultando no sumiço de peças causando ainda mais prejuízo”, diz.
 






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