Torcedores tiveram a prisão preventiva decretada nesta sexta-feira, acusados da morte do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada
Corintianos ficarão presos até julgamento
- Queremos ajuda de alguma forma, da Dilma, do Lula, de quem for. Não podemos pagar por algo que não fizemos. Estamos em condições desesperadoras, não tomamos banho desde segunda - disse um dos torcedores.
O ministro conselheiro da embaixada brasileira na Bolívia, Eduardo Saboia, encontrou-se por cinco minutos com os torcedores e disse que tentará anular a decisão de prisão preventiva.
– Tudo vai transcorrer dentro da lei, mas peço que todos vocês tenham paciência. Vamos fazer de tudo para tentar reverter essa situação – afirmou Saboia.
– Vamos continuar trazendo todo o respaldo possível para vocês, não vamos deixar que sejam maltratados. Mas a lei terá de ser cumprida – emendou o ministro.
O grupo de torcedores foi transferido da Corte Superior de Justiça de Oruro para o Cárcere de San Pedro, em Oruro, próximo ao estádio Jesús Bermúdez, local onde Kevin Beltran Espada morreu após ser atingido por um sinalizador marítimo disparado do local ocupado pela torcida do Corinthians
Em conversa com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM, os 12 torcedores garantem que o autor do disparo do sinalizador não está entre eles e já voltou ao Brasil.
Os brasileiros temem dividir a cela com bolivianos, com medo de serem hostilizados. O clima é de muita tensão. A mulher de um dos presos teve um rápido papo com o marido.
Os 12 corintianos estão divididos em duas celas na Corte Superior de Justiça. Cada cela mede 2,5m x 4m. No Cárcere de San Pedro, para onde serão levados ainda nesta sexta-feira, encontrarão celas um pouco maiores, de 4m x5m, segundo um dos agentes penitenciários.
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