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Internacional
Domingo - 24 de Fevereiro de 2013 às 21:17

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Arafat Yaradat morreu ontem em uma prisão israelense. Segundo a Palestina, a autópsia apontou "sinais graves" de tortura no corpo do preso.

O Ministro de Assuntos dos Prisioneiros palestinos, Issa Karaque, pediu neste domingo à comunidade internacional que responsabilize Israel pelo uso de torturas nas prisões. "Os estados membros da Carta da ONU e as convenções internacionais relevantes, incluindo a Quarta Convenção de Genebra, têm uma posição legal e uma responsabilidade internacional para exigir a Israel que respeite a lei e pare de utilizar a tortura", declarou o ministro em entrevista coletiva.


Na entrevista, Karaque anunciou os resultados preliminares da autópsia do preso Arafat Yaradat, morto ontem em uma prisão israelense. Ele pediu aos países que "responsabilizem Israel pelas claras violações da lei internacional e os direitos dos presos palestinos".
 

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O ministro assegurou que os resultados preliminares da autópsia apresentados pelo doutor palestino Saber Al-Aloul, diretor do Instituto Palestino de Medicina Legista e professor da Universidade Al Quds, que esteve presente durante a análise realizado por Israel "corroboram as suspeitas que Yaradat morreu como resultado de torturas".
 


O médico determinou que havia "ferimentos e machucados graves no lado superior direito das costas, graves machucados de formato circular na parte superior direita do peito, evidência de torturas graves no músculo da parte superior do ombro esquerdo, paralelo à espinha dorsal e na parte baixa do pescoço", anunciou Karaque.
 


Também foram encontradas "evidências de graves torturas sob a pele e dentro do músculo da parte superior direita do peito. Rupturas na segunda e na terceira costela, danos no músculo pelas mãos direitas", indicou.
 


No entanto, o coração de Karaque não apresentava "sinais de golpes ou de um ataque", o que provaria que o palestino não morreu por um problema cardíaco, como afirmaram em um primeiro momento as autoridades das prisões israelenses.
 


O Ministério da Saúde israelense, por sua vez, divulgou em comunicado que a autópsia realizada "não encontrou indícios de golpes externos além dos sinais deixados pelas as tentativas de reanimação".
 


Segundo o órgão, os resultados preliminares "não permitem determinar a causa da morte", que só será esclarecida após a realização de exames toxicológicos e microscópicos.
 


 





Fonte: EFE

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