CRM-MT vistoriou unidades em janeiro e detectou problemas em todaselas. Entre as deficiências estão a falta de remédios e de profissionais de saúde.
Policlínicas são fiscalizadas após indícios de irregularidades em MT
Cinco policlínicas de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, devem ser fiscalizadas a partir desta segunda-feira (25). A primeira a ser vistoriada será a do Jardim Marajoara, de acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT). Além do Crea, o Corpo de Bombeiros irá atuar na equipe e deverá verificar se os locais possuem alvarás de incêndio e pânico. Outras cinco instituições atuam na operação integrada.
O Crea informou que a vistoria em cada policlínica deve durar um dia. Serão analisadas a parte física e de pessoal das policlínicas dos bairros Jardim Glória 2, Cristo Rei, 24 de Dezembro e Parque do Lago, bem como no Marajoara. Cada órgão irá verificar o que lhe é de competência. O Crea, por exemplo, deve ver como vem sendo feita a manutenção e utilização dos equipamentos, assim como se foi recolhida a guia exigida para reforma e construção do prédio.
Também participam da fiscalização os conselhos regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Creafito), de Psicologia (CRP-MT), de Enfermagem (CRF-MT), de Serviço Social (Cress-MT) e a Secretaria do Meio Ambiente de Várzea Grande, a quem cabe analisar a parte de documentação, principalmente se a unidade possui alvará de funcionamento.
Após o trabalho, a equipe de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) deve elaborar relatório apontado a situação das unidades. Caso sejam identificadas irregularidades, o município poderá ser notificado e se não corrigir as falhas apontadas pode ser multado.
Vistoria
Em janeiro deste ano, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) verificou a situação de todas as unidades de saúde de Várzea Grande. Além das políclínicas, foi aos postos do Programa de Saúde Familiar (PSFs) e ao Pronto-Socorro do município. Segundo a presidente do Conselho, Dalva Alves das Neves, todas elas enfrentam problemas sérios, como a falta de profissionais e estrutura precária.
"Todas as unidades estão sem condições de funcionamento. Não têm medicação, faltam profissionais e estrutura física. Por isso, os pacientes são encaminhados para o Pronto-Socorro, causando a superlotação na unidade de atendimento de emergência", declarou a presidente do CRM. Ela disse que o relatório apontando essas deficiências foi encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Secretaria de Saúde de Várzea Grande.
A secretária de Saúde do município, Jaqueline Guimarães, informou que não existe déficit de médicos nas unidades e que irá fazer levantamento sobre o motivo pelo qual há demora no atendimento. Ela garantiu que será feita nos próximos dias uma nova licitação para a compra de materiais e medicamentos.
Comentários