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Política
Segunda - 25 de Fevereiro de 2013 às 16:26

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A 1.200 km de Cuiabá, Rondolândia é uma cidade isolada dos grandes centros urbanos e possui carência de serviços básicos, como saúde, educação, lazer e comunicação. O senador Pedro Taques e o deputado estadual Zeca Viana, ambos do PDT, estiveram no município para conhecer a realidade local e oferecer apoio a projetos e ações para a população.

“No quarteirão onde eu moro tem mais pessoas que em Rondolândia. Mas eu fiz questão de estar aqui, onde há cidadãos, onde mato-grossenses, onde há brasileiros que necessitam de atenção da classe política. Tudo que o cidadão quer é viver bem, trabalhar durante a semana, no final de semana descansar, ir à praça, à Igreja. E o poder público, o poder executivo, deve oferecer isso”, disse o senador durante a visita ao município, no sábado passado (23.02).

A “cidade grande” mais próxima é Cacoal, em Rondônia, com cerca de 70 mil habitantes. Os hospitais do Estado vizinho não querem mais atender os mato-grossenses. A rodovia estadual que corta a cidade, MT-313, não é asfaltada. No período de chuva, fica praticamente intransitável. Não há sequer uma praça na cidade para o lazer de domingo.

“O povo de Rondolândia tem autoestima baixa, nos sentimos abandonados e isolados. Temos muitos problemas sim, falta muita coisa, mas temos uma coisa muito importante aqui: o povo. É isso que temos de melhor aqui”, disse a prefeita Bett Sabah (PT), que assumiu a prefeitura em janeiro.

Ações - Entre as ações imediatas do senador e do deputado para a cidade está a intermediação para a instalação de uma lotérica e uma agencia bancária no local. A prefeita explicou que a movimentação financeira do comércio local fica prejudicada, pois todas as pessoas que recebem pelo banco, como aposentados, funcionários publico e beneficiados de programas do governo federal têm que ir até Ji-Paraná ou Cacoal, em Rondônia para receber. “Um aposentado, por exemplo, tem que gastar R$ 32 reais em passagem para ir até Ji-Paraná. Com isso, já acabam fazendo todas suas comprar por lá, prejudicando nosso comércio local”, explicou a prefeita.

Outra demanda importante de Rondolândia, é a mudança da jurisdição da cidade para a comarca de Comodoro. Hoje o município é submetido à comarca de Juína, a uma distância de aproximadamente 1.000 km. Para Comodoro, economizariam cerca de 500 km.

O efetivo policial da cidade é pequeno, dois policiais civis e dois militares, portanto, quanto menos tempo de ausência significa mais produtividade na cidade. Inquéritos policiais e outras demandas são levados uma vez por semana para a comarca. As principais ocorrências das cidades são furtos. Por ser região de fronteira, a Polícia faz também trabalho de prevenção e repressão contra uso e tráfico de drogas. Em período de chuva, com as estradas ruins, os policiais não conseguem completar o trajeto durante e dia e precisam dormir dentro do carro.

A prefeita pediu ainda gestão junto à empresa de telefonia para a uma torre de retransmissão de sinal para a comunidade Catuva. Sinal de celular hoje em Rondolândia, apenas no centro da cidade, mesmo com 80% da sua população morando da zona rural.

Para a prefeita Bett Sabah, a visita do senador e do deputado significa muito para a população, que, segundo ela, se sente abandonada pelo poder público. “Rondolândia é visitada por políticos apenas em época de eleição, por isso é significativa a presença dos parlamentares aqui. Rondolândia está sendo enxergada pela República pelos olhos de Pedro Taques. O desafios são imensos, mas a vontade de mudar é maior. O senador é sensível aos nosso problemas e venho conhecer in loco nossa realidade. Se ele está aqui, é porque tem o interesse de nos ajudar”, disse a prefeita.

Saúde – A cidade polo mais próxima de Rondonlândia, e que oferece melhores centros médicos públicos,é Cacoal, no Estado de Rondônia, com cerca de 70 mil habitantes. A secretária de Saúde de Rondolândia contou que os cidadãos de Mato Grosso enfrentam preconceito para serem atendidos nos hospitais do Estado vizinho. “Simplesmente não querem mais nos atender”.

Para o chefe do Parlamento Suruí, José Itabira Suruí, que acompanhou a visita do senador na cidade, a saúde público é o que deve ser melhorado imediatamente. “Povo indígena depende disso”, disse.

O senador irá intermediar, junto com o senador do PDT de Rondônia, Acir Gurgacz para que o atendimento aos cidadãos de Rondolândia seja realizado no estado vizinho, com respeito e sem diferenciação. Conforme o senador, a saúde é dever do poder público e nenhum hospital pode negar atendimento. “O imposto que o cidadão de Rondolândia paga não fica apenas em Mato Grosso, o não atendimento é inconstitucional”, explicou o senador.
 






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