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Política
Terça - 26 de Fevereiro de 2013 às 19:56

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A Monsanto deve adiar a cobrança de royalties da soja Roundup Ready (RR1) no Brasil até que haja uma decisão final da Justiça. Diante desta medida, que foi anunciada nesta terça-feira (26) no site da companhia, os produtores de Mato Grosso não precisam depositar o valor das patentes em juízo. O estado foi o único no país que não aderiu a um acordo proposto pela empresa.

De acordo com o comunicado, a Monsanto "pretende continuar documentando e mantendo as informações comerciais relativas àqueles que usam a soja RR1 durante este período de adiamento da cobrança". A empresa busca corrigir o prazo de uma de suas patentes brasileiras para essa tecnologia até 2014. "Esse assunto ainda está pendente de decisão judicial e a Monsanto recorreu da recente decisão do Superior Tribunal de Justiça. Após manifestação final do STJ, a decisão definitiva ficará a cargo do Supremo Tribunal Federal".

Além da prorrogação de cobrança dos royalties, a Monsanto apresentou um novo termo de quitação geral. "Os agricultores que assinaram a primeira versão desse termo poderão mantê-la, encerrá-la ou substitui-la pelo novo documento", diz o comunicado. O primeiro acordo proposto pela empresa recebeu críticas da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). A entidade acusou a empresa de descumprir o que havia sido proposto inicialmente, de firmar acordos individuais a produtores tratando apenas da suspensão da cobrança dos royalties relativos à tecnologia Roundup Ready 1 (RR1).

O vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, explica que o acordo era incoerente já que previa a cobrança de tecnologias que ainda não estão no mercado. Conforme ele, com a recente decisão da Monsanto, os produtores podem optar por pagar o boleto dos royalties, continuar aderindo à ação para ressarcimento dos valores pagos desde o vencimento da tecnologia (datado em agosto de 2010) ou assinar o acordo proposto pela empresa.

Para aderir à ação, ele explica que os produtores devem procurar o Sindicato Rural de sua região. Os sojicultores de Mato Grosso pedem a devolução de R$ 570,6 milhões recebidos indevidamente pela multinacional durante as três últimas safras. Em todo país, o valor pago pelos produtores alcança R$ 2,2 bilhões, referentes às safras 2010/2011 a 2012/2013. Isso porque a vigência da patente válida por 20 anos e que permitia a cobrança dos royalties expirou em 31 de agosto de 2010. A empresa tenta na justiça estender esse prazo para 2014.





Fonte: Do G1 MT

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