Pai exibiu vídeo de sexo e padre pediu desculpa
"Você poderia me desculpar?". Foi o que se limitou a dizer o padre Emilson Soares Corrêa ao pai das duas meninas que teriam sido abusadas pelo religioso, após ser confrontado com o vídeo em que faz sexo com uma jovem. O episódio está em um vídeo obtido pelo EXTRA que mostra o religioso, de 56 anos, na casa da família, convidado pelos pais, para assitir à filmagem — feita com um celular pela filha mais velha na casa paroquial da igreja Nossa Senhora do Amparo, em São Gonçalo.
— Eu deixei minha filha para o senhor batizar. Sinceramente, a minha vontade é de te matar, "tá" me entendendo? — diz o pai, sentado ao lado do padre, que não sabia estar sendo filmado.
Em todo o resto do vídeo, o padre permanece calado. O EXTRA optou por não divulgar o nome dos pais para preservar a identidade da menina de 10 anos que seria vítima do estupro. Segundo o pai, suas duas filhas também estavam na sala.
As cenas na casa paroquial — registradas em novembro do ano passado — foram armadas pela família. Quando o pai da jovem descobriu que ela fazia sexo com o padre, "determinou que ela filmasse a relação sexual o com o telefone celular", segundo depoimento dado à polícia. De posse da filmagem, ele chamou o religioso em sua casa, tentando forçá-lo a confessar. A irmã mais velha diz que esse foi o último dia em que viu padre Emilson.
De acordo com a família, as visitas do padre, que era padrinho da filha mais velha, eram comuns até 2008, quando ele foi transferido da igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, em Niterói, para a paróquia Nossa Senhora do Amparo, em São Gonçalo. Nesse ano, a menina também se mudou para o município vizinho.
— Na paróquia de Cubango, ele tinha fama de pedófilo. Acho que ele foi mandado para São Gonçalo por reclamações de fiéis — contou ao EXTRA a mãe da jovem.
Procurada, a Arquidiocese de Niterói não respondeu o motivo da transferência do padre. No lugar da resposta, a entidade enviou nota esclarecendo que "anteriormente não foi apresentada, de maneira formal, outra denúncia a respeito do sacerdote".
O pai das duas meninas conta que nunca desconfiou do padre antes da confissão de sua filha.
— Era um absurdo. Minha mulher beijava a mão dele — indignou-se.
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