Possível indicação de Maggi para ministério volta a pauta do PR
A indicação do senador Blairo Maggi (PR) para o comando de um ministério voltará a ser discutida pela cúpula do partido na próxima terça-feira (5), quando o presidente da executiva nacional da sigla, Alfredo Nascimento, se reúne com a presidente Dilma Rousseff (PT).
Os republicanos aguardam a definição da presidente sobre qual pasta será oferecida ao partido para, a partir de então, elencarem os nomes que serão apresentados. Presidente do diretório estadual do PR, o deputado federal Wellington Fagundes defende que seja apresentada uma lista com os nomes de todos os parlamentares do partido para que a própria presidente faça a escolha.
De acordo com ele, há uma discussão interna sobre qual pasta seria mais interessante para a legenda. Fagundes afirma que, para Mato Grosso, seria mais oportuno o comando do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). "Claro que o Blairo, com sua experiência de oito anos no governo e no setor da agricultura, seria um excelente nome", ressaltou.
No entanto, o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) é favorável que o partido seja contemplado com o Ministério do Desenvolvimento Econômico que, para Fagundes, é mais interessante para a região Sudeste do país.
Neste caso, o republicano avalia que Maggi também teria requisitos para ser o escolhido, mas a disputa ficaria mais acirrada com indicações das bancadas do Rio de Janeiro e Minas Gerais, uma vez que, segundo o parlamentar, a presidente já teria sinalizado de que não nomeará nenhum ministro de São Paulo.
Fagundes ainda pondera que, se o ministério oferecido por Dilma ao partido for o de Transportes, o senador já recusou o convite, o que inviabilizaria sua indicação para o cargo. Desta forma, o mais natural seria que o ministro Paulo Sérgio Passos, que apesar de ser do PR não consta como composição partidária no governo federal, seja mantido no comando da pasta.
Maggi, por sua vez, ressalta que sua indicação depende da vontade da presidente. "Estive com Dilma, ela me recebeu no Palácio, começaram algumas sondagens mas de fato não houve nenhuma intenção mais clara nesse assunto", explica.
O senador pondera que isso acontece até porque existem outros partidos que deveriam rever sua participação para que o PR seja recomposto ao primeiro escalão do governo federal. "Isso não foi à frente. O partido tem outras intenções. Ao PR não agrada muito o Mapa, eles preferem voltar para o Ministério dos Transportes", disse.
Ele, que não esconde o descontentamento com a sigla e vem estudando a hipótese de desfiliar-se do PR, afirma que não está preocupado com a discussão política em torno de sua possível indicação neste momento. "Lá na frente, se houver um convite efetivo, vamos avaliar", destacou.
A expectativa de que Maggi assuma o comando de um ministério ganhou força no final do ano passado, quando tiveram início as reuniões com a presidente. Em seguida, ele afirmou que, desta vez, estaria disposto a aceitar o convite. Contudo, seu nome não é consenso no PR. As lideranças do partido aguardavam o retorno das atividades parlamentares no Congresso, após o recesso de carnaval, para voltar a discutir o assunto.
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