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Polícia
Segunda - 04 de Março de 2013 às 12:02

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Policiais teriam torturado três jovens e executado outro de 25 anos. (Foto: Reprodução/TVCA)
Policiais teriam torturado três jovens e executado outro de 25 anos. (Foto: Reprodução/TVCA)

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre dois policiais civis que teriam executado um jovem e torturado outros três, no município de Itaúba, a 599 quilômetros de Cuiabá. O caso foi registrado no dia 17 de janeiro, quando os policiais foram cumprir a prisão dos suspeitos. O jovem que teria sido executado é considerado desaparecido pela polícia.
 
Ao G1, a delegada responsável pelas investigações, Maria Antônia Soares, disse que a prisão temporária dos policiais foi convertida em prisão preventiva.
 
Atualmente os suspeitos, de 37 e 43 anos, estão detidos em Cuiabá. Um dos agentes tem 11 anos de experiência e o segundo é policial civil há seis anos, mas já atuou como policial militar. Os dois trabalhavam na cidade de Sinop, a 503 quilômetros da capital.
 
“O que conseguimos comprovar foi a questão do abuso de autoridade e tortura. Em relação ao homicídio, não se pode confirmar se realmente houve, já que até hoje o jovem não foi encontrado”, explicou.
 
Na época, os dois policiais foram até a cidade de Peixoto de Azevedo, município a 692 km de Cuiabá, para cumprir a prisão de quatro homens suspeitos de cometer furtos de motocicletas. No entanto, não havia mandado de prisão e os policiais prenderam quatro suspeitos.
 
No trajeto de volta, os policiais civis teriam executado Creonte Ribeiro da Silva, de 25 anos, em uma área de matagal próxima a Itaúba. Em seguida, os policiais civis também teriam torturado os outros três e ameaçado o trio.
 
Na ocasião, uma testemunha disse em entrevista à TV Centro América que os policiais agrediram Creonte e colocaram fogo no corpo do jovem. “Usaram cabo de vassoura, sacola de plástico e martelo. Enquanto um segurava o Creonte, o outro fez bolinhas com a sacola de plástico e enfiou na boca dele”, contou.
 
Depois disso, ainda conforme a testemunha, os jovens que estavam no veículo ouviram um disparo e viram o momento que os suspeitos colocaram fogo no corpo no rapaz. “Os policiais foram até o carro, ouviram o grito do Creonte e um deles falou: ‘Ele ainda ta vivo’, voltou lá e disparou mais um tiro”, completou.
 
A Polícia Civil chegou a fazer buscas pelo rapaz no suposto local da execução, no entanto, nenhum vestígio foi encontrado. O jovem desaparecido já tinha sido preso em 2008 e denunciado pelo Ministério Público por roubo e corrupção de menores.
 





Fonte: Do G1 MT

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