Presidente da Câmara de Comodoro iniciou "mandato-tampão" nesta 2ª. Enquanto isso, prefeita eleita tenta reverter cassação na Justiça.
Após cassação de prefeita, vereador assume gestão de município em MT
O presidente da Câmara Municipal de Comodoro, cidade a 677 km de Cuiabá, Jefferson Ferreira Gomes, do PPS, assumiu nesta segunda-feira (04) o comando da Prefeitura devido à decisão judicial que, na última semana, cassou os mandatos e tornou inelegíveis a prefeita Marlise Marques Moraes, do PR, e o vice-prefeito Edígio Alves Rigo, do DEM.
Sem previsão de quanto tempo ficará interinamente no cargo, o vereador ocupou o primeiro dia à frente do Poder Executivo municipal com uma reunião envolvendo todo o secretariado. A fim de tomar pé da situação da prefeitura, ele requisitou uma revisão de todos os contratos celebrados pela gestão e aguarda a Justiça se pronunciar sobre quando deverá convocar novas eleições para a cidade.
A indefinição sobre o tempo de permanência de Jefferson como prefeito interino decorre da possibilidade de recursos judiciais reverterem a decisão proferida pelo juiz Almir Barbosa Santos, da 61ª zona eleitoral, no último dia 25. Ele cassou o mandato de prefeita e vice-prefeito por captação e gastos ilícitos de recursos eleitorais após denúncia apresentada pelo Ministério Público devido à desaprovação das conta de campanha, flagradas com “irregularidades insanáveis”.
A coligação encabeçada por Marlise, segundo a Justiça Eleitoral, não abriu conta bancária no prazo determinado para o fluxo financeiro referente à campanha. Além disso, faltaram registros de doações feitas pela própria candidata à coligação. Ela também não declarou qualquer valor em conta bancária ou em espécie quando da declaração de bens à Justiça para registro de candidatura.
O mandato de Marlise chegou a ser alvo de uma segunda cassação em decisão proferida pelo magistrado no dia 26, desta vez por abuso de poder econômico. Agora, ela prepara sua defesa e alimenta expectativa de que uma medida em caráter liminar ainda esta semana lhe devolva o posto de chefe do Executivo. “Vamos tentar anular todo o processo, no mais tardar até quarta-feira”, anunciou.
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