José Damião perdeu R$ 2.700 após chuva que atingiu Cubatão (SP). Centenas de pessoas se comoveram com a história e ajudaram o pedreiro.
Vaquinha na internet e aérea ajudam pedreiro que perdeu dinheiro na cheia

Pedreiro vai voltar para cidade natal
(Foto: Fabiana Faria/TV Tribuna)

O pedreiro José Damião Sobrinho, de 57 anos, que perdeu R$ 2.700 na enchente do dia 22 de fevereiro, em Cubatão (SP), vai poder finalmente retornar a Pesqueira, em Pernambuco, sua cidade de origem. Centenas de pessoas se comoveram com a história do pedreiro que perdeu tudo que tinha. Com isso, José conseguiu através de doações o dinheiro necessário para a viagem.

“Estou surpreso e muito contente, as coisas hoje estão bem melhores e diferentes do que ontem”, afirma o pedreiro, que concedeu entrevista aos prantos ao G1 na manhã desta terça-feira (05). José Damião procurava há mais de 10 dias por um saco que guardava todo o dinheiro que ele juntou para retornar à sua cidade.

Após a história ser divulgada, José já recebeu mais de 15 ligações de pessoas do Brasil todo oferecendo ajuda. “Meu telefone não para de tocar, recebi telefonemas de Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e interior de São Paulo. Só faltou de Pernambuco, que é minha terra”, afirma.

Ele conta que recebeu ajuda até de uma companhia aérea, que ofereceu as passagens de avião para ele e a família. “Eu perguntei se daria para levar todas as minhas coisas no avião, senão eu vou de ônibus mesmo, não teria problema. Mas a moça disse que tudo bem, não vão cobrar nem minhas malas”, diz.

Apesar de ter ganhado passagens para a família, ele afirma que seguirá viagem sozinho. “Minha ex-mulher não fala comigo e meus filhos são casados. Pretendo comprar um terreno, construir minha casinha e viver sozinho”, conclui Damião.

Pedreiro procurava saco com dinheiro em Cubatão (SP). (Foto: Carlos Nogueira/Jornal A Tribuna)

Caso
A cidade de Cubatão (SP) sofreu com as fortes chuvas que atingiram o município no último dia 22. Diversas casas foram destruídas por uma enchente e muitas famílias ficaram desabrigadas. Atualmente cerca de 260 pessoas ainda estão desalojadas ou desabrigadas na cidade. Voluntários ajudam nos alojamentos e muitas doações foram enviadas para o município. O pedreiro José Damião Sobrinho foi um dos prejudicados com a chuva, e perdeu uma sacola com R$ 2.700. José procura pelo saco há mais de 10 dias em meio aos escombros.