Violência contra a mulher: índices são crescentes em Tangará
Os números foram apresentados na Sessão Solene em homenagem às mulheres tangaraenses realizada na Câmara de Vereadores na manhã desta quarta- feira (06), pela Delegada Dra. Liliane Diogo que falou às presentes sobre o tema ‘Violência contra a Mulher’.
Segundo a delegada, a Polícia Civil também está mobiliada nesta semana em que as atenções voltam-se à mulher pela comemoração internacional do seu dia, oito de Março. “Estamos proferindo palestras em comunidades diversas, levando o que temos de mais precioso, que é o conhecimento às nossas cidadãs”, disse à delegada à reportagem da Rádio Pioneira, referindo-se às informações e esclarecimentos sobre o que a Lei Maria da Penha oferece em termos de medidas protetivas para as mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar.
Os números são alarmantes: mais de 300 casos de violência contra a mulher foram registrados em Tangará de janeiro de 2012 a fevereiro de 2013. “Estes casos são somente aqueles em relação aos quais foi instaurado procedimento investigatório. Tantos outros casos em que a mulher não solicita a representação e tantos que nem mesmo chegam à delegacia de polícia e ficam omissos e desconhecidos para a sociedade”, explica Dra. Liliane.
Para a policial, os números são crescentes, porque as denúncias vêm aumentando a cada dia. “A violência sempre existiu, mas a mulher, de posse desses conhecimentos tão importantes do que a lei Maria da Penha vem a oferecer, passou a exigir que o Poder Público aplique realmente esta lei e vem cobrando seus direitos” declara a delegada.
LEI MARIA DA PENHA - A Lei Maria da Penha traz um rol significativo de medidas protetivas. Entre estas, por exemplo, o fato de que se a vítima for lesionada, não é preciso solicitação de representação desta pessoa, conforme explica a delegada: “Com vítima lesionada, nós mesmos da delegacia já instauramos o procedimento. Se for caso de flagrante o acusado é preso e permanece preso até ser remetido ao Judiciário. Em caso de não flagrante pode ser solicitada a prisão preventiva do acusado para que ele permaneça preso e deixe esta mulher viver com tranqüilidade”.
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