Os frequentadores das praias da Flórida, nos Estados Unidos, precisam pensar duas vezes antes de entrar no mar pelas próximas semanas. Grupos de tubarões tomaram conta das águas da região, e é possível ver os animais da areia, na beira da água.
De acordo com o site Palm Beach Daily News, os tubarões estão migrando para o sul, onde passarão o inverno. O salva-vidas Craig Pollock, que trabalha na praia de Midtown, disse que avistou os animais pela primeira vez na terça-feira. Desde então, bandeiras vermelhas foram colocadas na praia para sinalizar a presença dos predadores.
- Eles estavam frenéticos e nadando por toda a extensão da praia. Estavam praticamente na areia - observou Craig.
De acordo com o salva-vidas, os tubarões não ficam restritos a uma praia, apenas. De qualquer maneira, os banhistas estão proibidos de entrar na água quando os animais estiverem nadando por lá.
- Às vezes eles podem estar em Midtown e não em Phipps, ou podemos fechar a praia em Phipps, mas manter Midtown aberta. Isso depende apenas de onde estão os tubarões naquele dia. Às vezes, mantemos a praia fechada por algumas horas, outras vezes o dia inteiro - explicou.
Laura Petrillo, moradora da região, disse que nem cogitava entrar na água, com os tubarões por lá.
- Eu sou de Nova Jersey e foi a primeira vez que vi as bandeiras vermelhas, então fiquei um pouco assustada. É um belo dia, então fiquei um pouco desapontada por não poder entrar na água, mas vi uma barbatana para fora, então sei que eles estão por ali - disse ela.
Stephen Kajiura, especialista em tubarões e professor da Florida Atlantic University, tem monitorado os animais no condado de Palm Beach, na Flórida desde 2011.
- Quando entramos em março, temos dezenas de milhares de tubarões próximos ao continente.
O especialista afirmou que, durante uma expedição, chegou a identificar uma média de 1.000 tubarões por metro quadrado. Há tubarões-martelo, lixa, limão, tigre, touro...
- Se você fosse um banhista, ali, provavelmente estaria a menos de 20 metros de um tubarão.
Para alívio dos moradores da região, os tubarões não são muito chegados a carne humana e já que a água é bem clara, eles conseguem distinguir um ser humano de um jantar em potencial.
Robert Borrego, médico em um hospital da região, disse que atendia entre cinco e seis pessoas mordidas por tubarão, todos os anos. A maioria, ferimentos sem gravidade.
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