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Internacional
Sábado - 09 de Março de 2013 às 07:56

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Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira como presidente interino da Venezuela, em um ato realizado na Assembleia Nacional, onde prometeu "a lealdade mais absoluta" ao finado líder Hugo Chávez.
 
"Juro em nome da lealdade mais absoluta ao comandante Hugo Chávez que cumpriremos, que faremos cumprir esta Constituição bolivariana com a mão dura de um povo disposto a ser livre", disse Maduro diante do presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, em ato transmitido por rede nacional de rádio e TV.
 
"Juro em nome da lealdade absoluta a um povo disposto a ser livre", afirmou Maduro, que segurava um pequeno exemplar da Constituição na mão direita.
 
Maduro, 50 anos, chegou para a posse acompanhado de sua mulher, a procuradora-geral Cilia Flores, e disse: "perdoem nossa dor e nossas lágrimas, mas esta presidência pertence a nosso comandante" Chávez.
 
Ao empossar o presidente interino, Cabello disse que o ato não era "agradável", mas "necessário".
 
"É um momento que nenhum de nós gostaria de viver", afirmou Cabello, destacando que a posse é "constitucional" e "baseada no direito".
 
A posse de Maduro foi qualificada de ilegítima pelo líder da oposição venezuelana Henrique Capriles.
 
"Este juramento que se vai fazer agora e espúrio", disse Capriles, assinalando que Maduro "não foi eleito presidente por ninguém" e que a oposição não está disposta a "tolerar abusos de poder".
 
Capriles denunciou a decisão do Supremo Tribunal de Justiça que confirmou a presidência interina de Maduro até a realização de eleições, no prazo de 30 dias, após a morte do presidente Hugo Chávez.
 
O líder da oposição estimou que Maduro deveria conduzir o país até as próximas eleições como vice-presidente.
 
Capriles destacou que o artigo 233 da Constituição estabelece que se a falta absoluta do presidente se produzir durante os primeiros quatro anos do mandato, "se encarregará da presidência da República o vice-presidente".
 
"É um vice-presidente que se encarrega da presidência, e não um presidente interino", denunciou Capriles, assinalando que a oposição tomará decisões a respeito "nas próximas horas".
 
O Supremo decretou que Chávez, reeleito em outubro e que deveria tomar posse no dia 10 de janeiro, iniciou seu mandato de fato, apesar de não ser empossado formalmente devido ao câncer.
 
Os deputados da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), integrada por Capriles, não assistiram à posse de Maduro, denunciada como "ato eleitoral" e "violação da Constituição".
 
"Ao mundo e à Venezuela queremos dizer firmemente que hoje não assistiremos a sessão da Assembleia Nacional porque consideramos que é um ato eleitoral a mais, porque consideramos que é uma violação da lei constitucional venezuelana", afirmou o parlamentar Ángel Medina, em coletiva de imprensa na sede da MUD.
 
"Não assistiremos hoje a Assembleia Nacional porque esta sessão sequer nos está dando a oportunidade de termos o direito à palavra e possamos expressar cada uma das coisas que estamos propondo para o país", afirmou Medina, deputado pelo Partido Ação Democrática (AD), sem dar mais detalhes.





Fonte: AFP

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