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Política
Sábado - 09 de Março de 2013 às 12:26

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O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), reagiu nesta sexta-feira (8) e colocou sob suspeita a acusação do deputado Zoinho (PR-RJ) de que sua assinatura tenha sido falsificada durante a votação no Congresso que derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff à lei de royalties.

Caiado afirmou que vai pedir à Mesa Diretora do Congresso a abertura de uma sindicância para apurar se houve irregularidade. Segundo o deputado, a investigação terá que avaliar as imagens do plenário, o horário que Zoinho deixou a Casa e os parlamentares que sabiam da saída dele.

Zoinho afirmou que vai pedir a anulação da sessão diante da suspeita de fraude.

"Está história está muito mal contada", disse Caiado. "Não se pode levantar esse tipo de suspeita sobre o sistema de votação do Congresso desta forma. Isso não tem lógica. Alguma coisa não está fechando", completou.

Para o líder do DEM, mesmo que tenha ocorrido alguma ilegalidade, a votação não deve ser anulada porque a derrubada do veto foi aprovada por 54 senadores e 349 deputados.

"Vamos apurar isso e o que for encontrado será caso de cassação do mandato", afirmou o oposicionista.

Em entrevista à Folha, Zoinho disse hoje que deixou o plenário da Câmara logo no início da sessão de quarta-feira, por volta de 20h, sem assinar qualquer documento, pois tinha um voo para o Rio de Janeiro, às 21h55. Em meio a bate-boca e provocações, a votação terminou na madrugada de quinta-feira.

A assessoria do Congresso informou que ainda não pode se manifestar, pois vai aguarda uma posição da comissão que acompanhou a apuração do resultado da sessão.

A suspeita de fraude também foi levantada pelo líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), que cobrou uma cópia da lista de assinatura das votações. O nome de Zoinho consta no material.

Zoinho e Garotinho são do Estado do Rio de Janeiro, que perderá receita com o novo modelo e defendeu a manutenção do veto de Dilma à lei que redistribui a verba dos royalties.

Com a derrubada dos vetos, ficará valendo um sistema que propõe uma divisão mais igualitária desses recursos, beneficiando Estados e municípios que não produzem petróleo.

Os governos do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, vão recorrer ao STF (Superior Tribunal Federal) contra a derrubada dos vetos. Três ações de parlamentares dos Estados produtores pedem que a sessão seja anulada por vícios de procedimento.






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