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Política
Sexta - 20 de Dezembro de 2013 às 19:24
Por: LAÍSE LUCATELLI DA REDAÇÃO

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 O senador Jayme Campos (DEM) afirmou que um eventual apoio do senador Blairo Maggi (PR) à possível candidatura de Pedro Taques (PDT) ao Governo do Estado em 2014 pode “destruir” o projeto eleitoral do pedetista. Para Campos, é preciso avaliar criteriosamente, por meio de pesquisas, se o eleitor vai aceitar bem essa aliança, e não verá a união como incoerência.
 
O DEM compõe, ao lado do PDT e do PSB, PPS, PSDB e PV, um grupo de oposição ao Governo do Estado e ao Governo Federal. Porém, o PR está na base dos dois governos. Além disso, o Escândalo dos Maquinários, que expôs sobrepreço de R$ 44 milhões na compra de máquinas no governo de Maggi, virou jargão da campanha de Taques ao Senado em 2010, com a expressão “MT 100% Equipado, 20% Roubado”. 
 
“Não podemos rejeitar apoio. Ninguém pode desmerecer o valor de ninguém no palanque, principalmente do Maggi apoiando Taques. Mas isso pode quebrar o discurso de Pedro Taques de tal forma... Tem que fazer pesquisa aprofundada para saber se daria certo essa coligação partidária. Nesse primeiro momento, isso pode ser um choque, e esse choque pode causar um grande incêndio, destruindo a candidatura do senador Pedro Taques”, avaliou.
 
Jayme lembrou de sua experiência com coligações rejeitadas pela população, nas eleições de 1998, quando seu irmão Júlio Campos (DEM) foi candidato a governador com o apoio do então senador Carlos Bezerra (PMDB). Adversários políticos históricos, Bezerra se uniu aos Campos para tentar derrotar Dante de Oliveira (PSDB), que acabou se reelegendo governador, e elegendo seu companheiro Antero Paes de Barros (então no PSDB, hoje no PSB) senador. 
 
“Naquela eleição, Júlio tinha 51% das intenções de votos na disputa com o Dante, segundo as pesquisas. Na medida em que ele coligou com Carlos Bezerra, que era senador, o Dante, que tinha apenas 16% nas pesquisas, ganhou a eleição por falta de coerência política do nosso grupo”, acredita. 
 
“Quando eu fui eleito prefeito de Várzea Grande, em 2000, eu não coliguei com o PMDB porque eu sabia que não daria certo, porque a população não ia aceitar, como não aceitou a coligação Júlio e Carlos Bezerra”, completou. 
 
Mudança de cenário
 
O senador observou, ainda, que apesar de afirmar que não pretende ser candidato, Maggi ainda pode acabar entrando na disputa ao Governo do Estado em 2014, como esperam muitos de seus aliados. 
 
“Blairo também não era candidato em 2010. O candidato a senador do PR seria Wellington Fagundes. Cheguei a dar dicas para ele. Mas Blairo acabou saindo candidato a senador. Então ainda ele é um enigma no cenário atual”, disse. 
 
“Eu imagino que Blairo esteja fazendo uma reflexão. Para mim, ele afirmou que não tem pretensão de ser candidato. Mas política é como nuvem, daqui a pouco muda e ele resolve ser candidato, e aí o jogo que vai mudar, e o cenário será outro”, completou.
 





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