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Polícia
Sexta - 15 de Março de 2013 às 05:30

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O promotor Rodrigo Merli Filho, responsável pela acusação do advogado e policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, 43 anos, afirmou  que a pena imputada a ele - 20 anos em regime fechado - foi adequada e era a mínima prevista por sua equipe, que contou com mais três assistentes. A sentença de Mizael foi anunciada no fim da tarde desta quinta-feira, após quatro dias de julgamento no Fórum de Guarulhos.
  
Mizael foi condenado pela morte da ex-namorada Mércia Nakashima, 28 anos, em maio de 2010. Ela foi morta a tiros e seu corpo foi lançado posteriormente dentro de uma represa em Nazaré Paulista no interior de seu próprio veículo.
 
"Não esperava nada muito diferente disso. Esperávamos uma pena entre 20 e 25 anos. Para ir para o semiaberto ele deverá permanecer pelo menos sete anos preso. Foi dentro do esperado", disse ele.
 
De acordo com o promotor, o júri não teve dúvidas sobre a participação dele no crime. "Até se obter a maioria, foram 4 votos a 0 em relação à autoria do crime e sobre ele ter utilizado recursos que impossibilitaram a defesa da vítima, e 4 a 1 na avaliação de o crime ter sido cometido por motivo torpe e utilização de meio cruel".
 
O advogado creditou o sentimento de impunidade que a sociedade tem mesmo em casos de condenação ao poder legislativo. "Há muitas brechas para que se possa alcançar a liberdade em um tempo exíguo".
 
Para o advogado Alexandre de Sá Domingues, assistente de acusação, a pena poderia ser um pouco maior, mas foi bem fundamentada e satisfatória.
 
O caso Mércia
 
A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio de 2010, após deixar a casa dos avós em Guarulhos, e foi encontrada morta no dia 11 de junho, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A perícia apontou que ela foi ferida a tiros, mas morreu por afogamento quando seu carro foi empurrado para a água.
 
Ex-namorado de Mércia, o policial militar reformado e advogado Mizael Bispo de Souza, 43 anos, foi apontado como principal suspeito pelo crime e denunciado por homicídio triplamente qualificado - motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
 
A Promotoria também denunciou o vigia Evandro Bezerra Silva, que teria o ajudado a fugir do local. Preso em Sergipe dias depois da morte de Mércia, Evandro afirmou ter ajudado Mizael a fugir, mas alegou posteriormente que foi obrigado a confessar a participação no crime, sob tortura. Seu julgamento ocorrerá separadamente, em julho deste ano.





Fonte: Terra

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