Silva teria matado a mulher e as duas enteadas em outubro de 2012 no bairro Pedra 90, em Cuiabá
Acusado nega crime

Acusado de matar a ex-mulher e as duas enteadas, Jorge Carlos da Silva, 46 anos, mudou a versão dele sobre o crime ao prestar depoimento à Justiça. Ele diz que apenas assistiu as mortes e alega inocência.

Silva é acusado de triplo homicídio triplamente qualificado pelas mortes da ex-mulher Sandra D"Aghetti, de 36 anos, e das duas enteadas, Elisa Amorim D"Aghetti, de 13 anos, e Karina Fernanda D"Aghetti, de 15 anos. A mãe e as duas filhas foram assassinadas a facadas em Cuiabá.

O réu, que está preso desde outubro de 2012, disse que estava na casa no momento em que as três foram mortas. Segundo ele, durante a noite a esposa saiu de casa e começou a discutir com alguém que ele não conhecia.

Em seguida, um homem alto teria entrado e imobilizado Silva pelo pescoço, enquanto apontava uma arma para cabeça dele. Depois, o acusado não teria mais escutado a voz da ex-mulher. Ele afirmou que tentou sair e que apenas ouviu a voz de uma das enteadas dizendo: “Por que fez isso com a minha mãe?". Então teria sido novamente encapuzado.

De acordo com o promotor do caso Allan Sidney do Ó Souza, a nova declaração apenas reafirmou a culpa do acusado. “A versão dele chega a ser circense para não dizer algo pior. Como alguém vê três pessoas que gosta serem mortas, não chama as autoridades e ainda vai trabalhar normalmente, como se nada houvesse acontecido? Ele ainda disse que sofreu diversas agressões, mas nenhuma foi apontada no exame de corpo delito.”

Além do acusado, prestaram depoimento nesta quinta-feira a filha de Sandra, Kamila Fernanda D"Aghetti e mais três pessoas.

O CRIME - Sandra e as duas filhas foram mortas a facadas durante a madrugada e encontradas no dia seguinte pela sobrinha de Sandra, que mora próximo ao local do crime no bairro Pedra 90. O crime aconteceu em outubro de 2012.

A garota chamou a mãe, Márcia D"Aghetti, irmã de Sandra. As duas encontraram um pé-de-cabra na cozinha. A ferramenta foi usada pelo assassino para invadir a residência.

Sandra foi encontrada morta em cima da cama. Uma das filhas dela no chão do quarto e a outra no banheiro.

O defensor público, que atua na defesa do acusado, deverá apresentar as alegações finais do processo em cinco dias e, em seguida, a Justiça deve definir se o réu irá a júri popular ou não. Ele encontra-se preso na Penitenciária Central do Estado