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Nacional
Sábado - 16 de Março de 2013 às 21:59

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Uma mãe conseguiu na Justiça um intérprete especializado em libras para ajudar o filho com deficiência auditiva em uma escola pública de Alpinópolis (MG). Vinícius Pinheiro está no 7º ano do Ensino Fundamental na Escola Estadual Dom João VI, mas não tem o acompanhamento de um profissional especializado, conforme determina a lei.
 
Segundo a Constituição Federal, a lei garante um sistema educacional inclusivo em todo o país, sem discriminação e com igualdade de oportunidades. Um aluno não pode ser excluído por ser portador de qualquer tipo de deficiência, mas na prática, nem sempre funciona.
 
Para conseguir o direito garantido na lei, foi necessária a intervenção do Ministério Público. Com isso, ela conseguiu uma intérprete não habilitada que acompanhou o garoto durante o ano letivo de 2012. “Quando ele foi acompanhado, o desempenho dele melhorou bastante. Agora quero conseguir, novamente, que ele tenha essa ajuda”, disse a mãe do garoto, Viviane Pinheiro Leite.
 
Enquanto isso, quem ajuda o garoto é a colega de classe, Amanda Gonçalves, que aprendeu a linguagem dos sinais - como é conhecida popularmente – com os primos. Mesmo assim, Vinícius tem dificuldades para acompanhar a turma. “Ele chega em casa e precisa copiar novamente a matéria, porque não consegue prestar atenção sem libras. Ele fica constrangido. A lei é muito bonita no papel, mas quero ver na prática”, contou a mãe do estudante.
 
Para a professora de língua portuguesa Lílian Damasceno Cunha, existem dificuldades em ter um aluno deficiente. “As aulas não podem ser específicas, já que prejudica o restante da classe e isso acaba prejudicando a Amanda na hora de prestar atenção nas aulas”, disse.
 
Questionada, a direção da escola disse que buscou um profissional para atender os dois alunos com deficiência auditiva matriculados na instituição, mas não conseguiu. “Nós abrimos até mesmo um edital para contratação, mas ninguém alcança a nota precisa na prova”, esclareceu a diretora, Rosemeire Cardoso Freire Faria.
 Na Secretaria Regional de Educação de Passos (MG), a qual pertence o município de Alpinópolis, existem apenas 20 profissionais em libras, divididos em 16 municípios.
 
O coordenador do Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS), Roberto dos Santos Pinto, há muitas dificuldades em encontrar profissionais qualificados em libras. “A função do CAS é especializar a pessoa com um curso de 180 horas, mas depois este candidato tem que correr atrás e se especializar cada vez mais”, destacou.
 





Fonte: Do G1

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