Ricardo Alfonsín criticou a "campanha de difamação" contra o novo pontífice após as críticas pela atuação do religioso durante a ditadura
Argentina: ex-candidato presidencial denuncia difamação contra Papa
O deputado opositor e ex-candidato à presidência da Argentina, Ricardo Alfonsín, manifestou neste sábado sua indignação perante a "campanha de difamação da qual é vítima o papa Francisco". "Se a difamação sempre resulta repugnante, neste caso adquire dimensões clínicas", disse Alfonsín em comunicado, em referência às críticas divulgadas em meios de comunicação governistas por suas atuações durante a última ditadura argentina (1976-1983).
O filho do ex-presidente Raúl Alfonsín assegurou que os opositores do papa "lembram o maníaco obsessivo de Chesterton, incapaz de superar a estreiteza de sua lógica".
O deputado pela União Cívica Radical assegurou sentir-se "comovido e feliz como católico" e "orgulhoso como argentino" pela eleição do cardeal Jorge Bergoglio como novo Bispo de Roma e indicou que participará da missa inaugural da próxima terça-feira.
Várias personalidades argentinas saíram em defesa de Bergoglio desde que foi designado papa no último dia 13 de março. O ex-promotor Julio Strassera, conhecido por sua atuação no histórico julgamento das juntas militares, considerou hoje que é "uma canalhice" vincular o papa com a ditadura, enquanto dias atrás o prêmio Nobel da Paz argentino, Adolfo Pérez Esquivel, negou taxativamente que Bergoglio fosse cúmplice do regime.
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