Presos teriam pago 200 mil para fugir da PCE
Mais uma fuga de presos foi registrada na Penitenciária Central do Estado (PCE). A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (Sejudh/MT) desconhece o número, mas ressalta que os nomes dos detentos devem ser anunciados hoje (20). Segundo informações levantadas pela reportagem, a fuga dos criminosos teria custado R$ 200 mil e sido paga a 2 servidores da unidade prisional.
A intenção era resgatar o detento Wellington Xavier de Campos, o “Boi”. Ele é um dos envolvidos na operação “Lacraia” deflagrada em 2011 pela Polícia Federal devido a fraudes cartorárias.
Especializado em organizar quadrilhas de assalto a banco, em outubro do mesmo ano ele foi preso pela Polícia Civil, no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá. As investigações revelaram que
ele alugava armas para assaltos a residências nos bairros Jardim Itália e Boa Esperança. A fuga foi registrada na noite segunda-feira (18), após agentes localizarem grades serradas e uma corda artesanal próximo ao muro da unidade. Devido à situação, foi iniciado trabalho de contagem dos reeducandos.
O titular da Gerência Estadual da Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter), Elias Miguel Daher, não havia recebido declaração oficial sobre o fato para iniciar investigação. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindesspen), João Batista Pereira de Souza, os registros de fuga na PCE não são novidades. Ele informa que devido à quantidade exagerada de presos no local e a ausência de profissionais para desenvolver todas as atividades diárias, os casos de detentos em fuga se tornam frequente.
Conforme ele, atualmente existem cerca de 20 agentes prisionais por plantão. O ideal seria ao menos 100 pessoas atuando em cada turno na unidade. “O número reduzido de pessoal somado à quantidade de serviços existentes na PCE favorecem as fugas, depredação das celas e grades, e fabricação de itens que auxiliem as fugas”.
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