MP investiga possíveis doações ilegais de lotes urbanos em Nova Marilândia

O Ministério Público Estadual está investigando a suposta doação de lotes urbanos ilegais, que ocorreram nos anos de 2011 e 2012 na gestão do ex-prefeito de Nova Marilândia Juvenal Alexandre da Silva. As primeiras informações extraoficiais dão conta de que os procedimentos adotados pela administração municipal a época, ocorrem de forma ilegal, contrariando princípios constitucionais como da moralidade e impessoalidade.

As áreas estão situadas no Residencial Planalto I e II, e entre os beneficiados estariam familiares do então prefeito, vereadores, ex-secretários municipais, presidentes de partidos políticos e outras pessoas ligadas diretamente a Juvenal Alexandre.

As irregularidades só vieram à tona, por que algumas pessoas que compraram e pagaram os lotes ao município, se revoltaram ao descobrir que outras simplesmente ganharam as áreas, e pior, grande parte dos que receberam gratuitamente já possuem propriedades e residências na cidade, levando a crer que os mesmos usariam estes lotes para promover especulação imobiliária. De acordo com a mesma fonte, existe caso de pessoas que “ganharam” do município uma quadra inteira em um dos residenciais. Levantamentos apontam que para justificar as doações, era simulado um depósito na conta da prefeitura, do valor referente à área, o que acabava não ocorrendo, e mesmo assim o titulo definitivo era expedido, configurando a irregularidade, sem que a gestão tomasse quaisquer providências.

O promotor de Justiça de Arenápolis Mario Anthero Silveira de Souza estaria investigando as possíveis irregularidades e já teria inclusive notificado o atual prefeito Wener Santos quanto às doações com indícios de fraude, e deve pedir a punição das pessoas envolvidas, comunicando o fato inclusive ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCEMT).

A reportagem entrou em contato por telefone com o prefeito Wener Santos, que não quis comentar o assunto, se militando a dizer que o caso está sendo investigado e que prefere não comentar até que o Ministério Público conclua as investigações e aponte as ilegalidades.

“O fato não ocorreu em minha gestão e eu vou aguardar a conclusão das investigações por parte do MP para posicionar a respeito” finalizou o atual prefeito.