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Política
Sábado - 21 de Dezembro de 2013 às 20:23

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Espaço de 20 metros quadrados, com cinco camas, uma pequena televisão e
um mini-ventilador.
 
Essa é a cela onde o ex-deputado federal Pedro
Henry, do PP-MT, deverá ficar preso em regime semiaberto, na Gerência
Estadual de Polinter, em Cuiabá, para cumprir a condenação de 7 anos e 2 meses, no processo do mensalão.

 
O juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidélis, esteve no presídio
nesta manhã para vistoriar e checar a real situação em que o
ex-parlamentar será recebido. O advogado José Antônio Alvarez declarou
que está recorrendo à Justiça para que Pedro Henry deixe Brasília e
esteja em solo mato-grossense antes do Natal. “É uma inspeção apenas
para verificar o andamento e a rotina da unidade. Eu já sei que aqui
[Polinter] é um lugar que oferece segurança e condições necessárias para
que ele cumpra a pena”, enfatizou o juiz.


Dentro do quarto, o espaço também é dividido com um armário e ainda há
um pequeno banheiro. Os quartos normalmente são divididos entre cinco
detentos, mas atualmente há apenas três. Já do lado de fora, os
reeducandos contam com uma geladeira, uma grande mesa para as refeições e
ainda uma estante cheia de livros, servindo como biblioteca para os
adeptos à leitura. Além disso, os reeducandos cuidam de uma horta, que
fica ao lado da Polinter o que contruibui para a remissão da pena.

 


O diretor da Polinter, Jean Gonçalves, contou que a cada três dias
trabalhados a remissão é de um dia. A unidade prisional possui 30 vagas e
apenas 18 cumprem pena no momento. São réus condenados em ações cíveis e
que possuem nível superior. “O acusado [Henry] vai dividir a cela com
os demais e não haverá nenhum tipo de regalia”, garante o diretor. Ainda
segundo ele, os horários de visitas ocorrem as quartas e aos domingos,
das 8h30 às 16h. Já o horário de entrada e saída é entre 6h e 19h. “O
que possibilitará o ex-deputado a exercer alguma atividade fora da
unidade”, ressaltou o juiz Geraldo Fidélis.


Na carta de renúncia ao mandato encaminhada para a Câmara Federal, logo
após ter a prisão decretada, Pedro Henry disse que voltaria a exercer a
profissão de médico. Ele é médico legista e clínico-geral. O magistrado
explica ainda que a Polinter é um anexo da Penitenciária Central do
Estado (PCE), maior unidade prisional de Mato Grosso
e que abriga presos no regime semiaberto. Dificuldade que, segundo ele,
é encontrada em Mato Grosso por não ter nenhum presídio para o
cumprimento deste tipo de pena.

 


De acordo com Fidélis, a Casa do Albergado, outra unidade prisional, é
para detentos do regime aberto ao passo que o Centro de Ressocialização
de Cuiabá (Carumbé) e o PCE são para cumprimento de penas no regime
fechado.


Até agora, o Supremo autorizou sete transferências no processo do
mensalão, as de Pedro Henry, condenado pelos crimes de corrupção
passiva, lavagem de dinheiro e ao pagamento de multa no valor de R$ 932
mil, Pedro Corrêa e de outros cinco réus para Minas Gerais. Dos 25
condenados, 21 já começaram a cumprir as penas - um deles está foragido,
o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.

 


Suplente

O empresário Roberto Dorner (PSD-MT) assumiu vaga na Câmara Federal
como suplente do ex-deputado Pedro Henry, no último dia 17. Dorner
obteve 50.480 votos na eleição de 2010 e ocupava a primeira suplência.
Essa é a segunda vez que ele ocupa a vaga. Anteriormente, em 2011, ele
exerceu a função pelo período de nove meses quando Henry estava no
comando da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT).

 


Durante esse tempo, ele fez parte das comissões de Agricultura e de
Mobilidade Urbana. Ele informou que pretende apresentar projetos que
beneficiem o setor agropecuário, do qual faz parte. Deve opinar a
respeito das demarcações de terra, que, segundo ele, têm prejudicado os
produtores do estado.


 

 
Cela possui 20 metros quadrados e tem cinco camas (Foto: Kelly Martins/G1 MT)





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