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Terça - 26 de Março de 2013 às 21:14

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A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira (26) pela Coordenadora Vigilância Epidemiológica Lucileia Oliveira Rodrigues em entrevista coletiva junto com a Coordenadora de Vigilância ambiental Maria do Carmo de Lima.


A jovem Ester Amélia Regis, 18 anos, morreu no dia 7 de março deste ano. A coordenadora explicou que de acordo com o relato da mãe, a jovem apresentou choque no dia 7 de março, com febre e dor de cabeça na madrugada daquele dia. Às nove horas teria dado entrada na Unidade Mista com dores na nuca, o que levantou suspeita de meningite e até hantavirose chegou a ser investigada, em virtude de a família ter limpado um galpão abandonado 30 dias antes do ocorrido.


A confirmação da dengue como causa da morte chegou na última sexta-feira, dia 22. “Deu positivo para dengue tipo IV. Este exame foi mandado para laboratório dia 7 e o resultado veio para nós dia 22. É o primeiro caso de morte por dengue tipo IV em Tangará. Tivemos somente dois casos de dengue tipo IV na cidade. A Ester também tinha algumas complicações, como por exemplo, tomava remédios para crescimento. Estas complicações acabaram não ajudando no diagnóstico”, explica Lucileia Rodrigues.


Em relação à evolução da doença, a técnica explica: “Depende muito do estado do paciente. Todos os tipos de dengue têm os mesmos sintomas e sempre depende do organismo do paciente e dos cuidados para a evolução. A gente começa tratando a dengue tipo clássica e os derrames é que acabam levando à morte”, disse ela.


Segundo a coordenadora Lucileia, o atendimento dos casos é feito desde as unidades de saúde, com pedidos de exames, notificações e em alguns casos internações hospitalares com hidratação. Em todos os casos está sendo pedido hemograma e quando os sintomas perduram sete dias é pedida a sorologia.


A jovem Ester residia no Jardim Atlântida. Segundo a Coordenadora de Vigilância Ambiental, Maria do Carmo de Lima, é um bairro com poucos casos registrados de dengue, mas foram encontrados focos do mosquito transmissor. “Em todos os bairros existem focos”, diz ela, confirmando que desde o início do ano, com a intensidade das chuvas, as autoridades previam problemas com a dengue, até em virtude dos dados de anos anteriores, que apontavam para uma realidade difícil.


De janeiro a março de 2012, foram registradas em Tangará 137 notificações de casos. No mesmo período em 2013, foram 935 notificações.


Maria do Carmo afirmou ainda que são vários os fatores que contribuem para o crescimento do número de casos, garantindo que o trabalho das autoridades vem sendo feito. “Todas as ações preconizadas pelo Ministério da Saúde são realizadas todos os anos. Os agentes estão indo de casa em casa, mutirões de limpeza e bloqueios são realizados. Mas a população deixa de fazer sua parte. Estamos com 16 bairros onde coletamos muitas larvas”, diz a coordenadora.
 

Ela alerta ainda que a população precisa atentar para os sintomas e a prevenção da doença, evitando lixos que acumulem água. Em Tangará, pesquisas mostram que o maior problema é o lixo.
 






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