PM é demitida por envolvimento em furtos e homicídios
O comandante-geral da Polícia Militar em substituição, coronel Jorge Catarino Morais Ribeiro, determinou a demissão da policial Daniela de Oliveira, de Rondonópolis. Conforme consta boletim geral da PM, Daniela foi presa no dia 3 de fevereiro deste ano por posse irregular de arma de fogo de uso permitido, sendo também apreendido em sua residência um colete balístico do Gefron, que tinha sido encaminhado à Gerência de Patrimônio da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) para descarga. O colete havia sido furtado do depósito da Politec.
Documentos dão conta de que o colete balístico encontrado na casa de Daniela e era do Gefron e havia sido encaminhado juntamente de outros coletes para a Sesp com o fim de descarga, pois encontravam-se vencidos.
Ainda segundo informações da Polícia Judiciaria Civil, o marido da policial, Gabriel Henrique Castro de Carvalho, já responde a dois processos criminais de posse ilegal de arma de fogo e receptação e, ainda, atuava em Rondonópolis como falso advogado, inclusive com cartão de visita. Em alguns casos, se apresentava como policial civil para obter vantagens na extorsão de traficantes.
As investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) envolvendo Daniela e Gabriel tiveram início 6 meses antes dela ter sido presa, já que, segundo consta no Diário Oficial que circula nesta quarta-feira (27), o casal teria uma suposta relação com uma quadrilha que tem seu nome relacionado a uma série de roubos que vinham ocorrendo no bairro Cascalhinho, em Rondonópolis, promovendo roubos em residências e empresas, visando objetos de valores como jóias, motocicletas e malotes bancários, além de estarem também envolvidos em homicídios.
“Como proprietária da casa, Daniela não poderia alegar desconhecimento acerca da existência em seu domicílio de uma arma de fogo irregular (sem registro) e de um colete que pertence ao Estado de Mato Grosso, além de diversas munições e cápsulas deflagradas. Além do mais, como se pode depreender do depoimento dos policiais civis que participaram da ação a busca domiciliar foi acompanhada pela disciplinada, sendo localizado no interior do guarda-roupa do quarto do casal um revólver calibre .38, marca Taurus e algumas munições deflagradas e outras intactas. Que num guardaroupas no quarto de visitas foi encontrado um colete balístico da marca CBC 11803, número de série 46693 com a insígnia do Gefron”, diz trecho da conclusão do processo demissório.
Conforme o comandante-geral, trata-se de um fato que expôs negativamente a Instituição Polícia Militar de Mato Grosso, tendo consequências de desgaste junto à sociedade, além de ser de natureza grave.
“Resolvo excluir a bem da disciplina do serviço ativo da Polícia Militar a disciplinada Daniela de Oliveira Sd PM, com fulcro no Art. 129, inciso III combinado com o Art. 130 da Lei Complementar nº 231 de 15 de dezembro de 2005 e no artigo 2º, inciso I, alíneas “b” e “c” combinado com o Art. 13, inciso IV, alínea “a”, da Lei 3.800 de 19 de outubro1976. O Comando Regional IV deverá, através do Comandante Imediato da disciplinada (excluída), ex-Sd PM Daniela de Oliveira, recolher de imediato, todos os documentos (carteira funcional) do excluída, fardamentos e apetrechos que pertençam a Fazenda Pública Estadual e que estejam sob a posse da ex-Sd PM, remetendo tais materiais ora para a Diretoria de Gestão de Pessoas (identidades) e ora para a Seção de Apoio Logístico e Patrimônio (material da Fazenda), tendo para tanto o prazo de 5 dias úteis para a c. remessa ou informação de qualquer impossibilidade”, decide o coronel
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