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Polícia
Terça - 02 de Abril de 2013 às 15:09

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O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, considerado ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso, foi transferido para a penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia, segundo pessoas próximas a ele. De acordo com essas fontes, a transferência ocorreu nesta segunda-feira (1º).

Arcanjo estava na penitenciária federal de Campo Grande (MS) desde 2007. A assessoria de imprensa do departamento penitenciário nacional, do Ministério da Justiça, não confirmou a transferência, mas informou que há uma operação em andamento.

De acordo com a assessoria, a operação teve início na última sexta (29) e deverá durar até a próxima sexta (5). O sigilo, segundo a assessoria, vai ser mantido até sexta por questão de segurança dos agentes e dos presos, inclusive para evitar possíveis resgates.

Sem dar detalhes, a assessoria citou que, no caso em questão, as remoções, em geral, são “situações de rotina” e que a operação em andamento envolve um número elevado de presos. Os presídios de Campo Grande e de Porto Velho são de segurança máxima.

Arcanjo foi preso em abril de 2003 no Uruguai a partir da operação "Arca de Noé", realizada para desarticular o crime organizado em Mato Grosso. Com a operação, um esquema envolvendo factorings de Arcanjo e a Assembleia Legislativa veio à tona. Por exemplo: o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), responde a uma série de processos judiciais em que é acusado de desvios de dinheiro da Casa por meio do esquema.

Ex-policial civil, Arcanjo foi condenado pela Justiça Federal a mais de 30 anos de prisão em dezembro de 2003 por comandar o crime organizado, lavar dinheiro e cometer crime contra o sistema financeiro.

Acusado de outros crimes, o ex-policial foi alvo de outros mandados de prisão, por exploração de jogo de azar, corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele foi denunciado também sob acusação de homicídio, como o do empresário Domingos Sávio Brandão. A reportagem tentou contato com o advogado Zaid Arbid, mas não obteve êxito.
 






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