Cartilha foi lançada para ajudar a identificar o problema em crianças. Mais de 100 mil exemplares vão ser distribuídos pelo Brasil, diz pasta.
Governo lança cartilha que ajuda a identificar autismo em crianças
O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (2) diretrizes para o diagnóstico e o tratamento do autismo no Brasil, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as novidades está uma cartilha para ajudar na identificação precoce do problema em crianças com até três anos de idade.
Cerca de 100 mil exemplares da cartilha vão ser distribuídos, em um primeiro momento, para médicos e profissionais de saúde do SUS de todo o país, ressalta a pasta. O documento vai trazer uma tabela com indicadores de desenvolvimento infantil e sinais de alerta que poderão ser utilizados pelo médico para identificar o autismo em uma criança, por exemplo.
Página de cartilha sobre autismo lançada pelo Ministério da Saúde (Foto: Divulgação/Ministério da Saúde)
A descoberta precoce do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA, como é chamado) é importante para o tratamento e o desenvolvimento da criança, já que facilita na hora de dar o atendimento correto para ela, pondera o ministério.
Uma vez feito o diagnóstico por um médico, o tratamento dos casos menos graves passa a ser direcionado para centros específicos de atenção a pessoas com deficiência, os chamados CER, informa o ministério. Até então, pessoas com autismo acabavam sendo tratadas nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), ainda de acordo com a pasta.
Atualmente há 22 CER em construção pelo Brasil, além de 23 em habilitação e 11 convênios para qualificar entidades que já funcionam, diz o ministério. A pasta ressalta que a mudança é importante para dar um atendimento mais específico e focado às pessoas com autismo.
Outra novidade é que o ministério vai disponibilizar questionários e estudos gratuitamente para os médicos para facilitar o diagnóstico do autismo, sem que eles tenham que pagar pelo uso destes novos documentos. Segundo a pasta, boa parte dos questionários usados hoje para o diagnóstico provém de instituições de ensino, como universidades estrangeiras, que cobram pelos direitos de uso dos documentos.
Para o secretário de atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, as novas diretrizes trazem a possibilidade de definir melhor a forma de tratamento, respeitando a singularidade e a especificidade de cada paciente, ressaltou ele em uma nota divulgada pelo ministério.
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