Empresário preso pelo Gaeco pede autorização para sair do Estado
O empresário do ramo de mineração Filadelfo dos Reis Dias, que foi preso preventivamente pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) junto de mais sete pessoas por ter arquitetado um atentado contra um ex-sócio e outro empresário do ramo de mineração, entrou com um pedido judicial para poder sair do Estado.
O pedido foi protocolado nesta terça-feira (2) pelos advogados de defesa Huendel Rolim e Murilo Barros da Silva Freire em petição sob o número 35303/2013. “Aos 2 dia(s) do mês de abril de 2013 faço a estes autos a juntada da petição protocolada sob o n. 35303/2013 datada de 2/4/2013 (...) requerendo possibilidade do paciente ausentar-se da comarca”, diz trecho da publicação online do Tribunal de Justiça sobre o pedido impetrado pela defesa.
Filadelfo, dono da mineradora BNM, está solto desde um dia após sua prisão, ocorrida no dia 24 de março, quando conseguiu um habeas corpus durante plantão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Agora a defesa argumenta que ele precisa de trânsito entre os estados para poder tocar os negócios pessoais.
“O Filadélfo é um empresário, ele possui empresas em São Paulo, Brasília... Ele precisa acompanhar as empresas. É preciso lembrar que ele está sendo só processado, não foi condenado”, disse o advogado Heuendel Rolin.
De acordo com a denúncia do Ministério Publico, O empresário Filadelfo dos Reis Dias já foi apontando por seu ex-sócio, Valdinei Mauro de Sousa, como suspeito de ter arquitetado um atentado do qual Valdinei foi vítima em abril do ano passado. Souza protocolou queixa-crime em abril de 2012 na polícia apontando que se a suposta tentativa de assalto cometida contra ele em 12/04/2012 foi de fato um atentado, existiria apenas uma pessoa interessada na ação: Filadelfo dos Reis Dias.
Na ocasião, Filadelfo declarou-se surpreso ao Olhar Direto a respeito da queixa-crime protocolada pelo ex-sócio. “Desconheço esse assunto. Isso tem que ser tratado na Justiça. Mas para acusar ele tem que ter provas e eu vou entrar com medida judicial no momento. Não tenho nada contra ele e não entendo. Isso foi uma surpresa para mim”, afirmou.
Valdinei e seu amigo Wanderley Torres, dono da construtora Trimec, estavam visitando a mineradora localizada dentro de uma propriedade recém adquirida por Valdinei na região da Praia Grande, em Várzea Grande, quando foram surpreendidos na saída por quatro assaltantes.
Eles haviam assaltado funcionários da mineradora e tentaram fazer com que Valdinei e Wanderley descessem do veículo blindado em que estavam. Entretanto, eles resolveram não parar a camionete e acabaram alvejados por cerca de 20 disparos. Torres chegou a ser baleado.
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