Cristiano Inácio continua em coma na UTI por não apresentar melhora. Elecapotou a caminhonete da vítima durante perseguição policial.
Suspeito de matar advogada em MT está em estado grave após acidente
Permanece internado no Hospital Regional de Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá, o paraguaio Cristiano Inácio dos Santos, de 24 anos, suspeito de assassinar a advogada Alessandra Martignago, na semana passada, em Primavera do Leste, distante 218 km da capital. De acordo com a assessoria da unidade de saúde, o suspeito encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave após sofrer acidente com um veículo de luxo que havia roubado da vítima após supostamente esfaqueá-la e ser perseguido pela Polícia Militar da cidade.
O suspeito continua em coma induzido e não apresentou sinal de melhora desde a internação no último sábado (30). Ao tentar fugir da polícia, ele levou um tiro na perna e caiu com o veículo em um lago na região urbana de Primavera do Leste. Em seguida, foi arremessado alguns metros do local do acidente, ficando ferido gravemente. A caminhonete que ele estava ficou destruída.
Cristiano trabalhava em uma chácara perto da cidade e era ex-marido de uma mulher que havia trabalhado na casa de Alessandra. Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, há indícios de que ele teria nutrido uma paixão por ela e a matou diante da recusa dela.
O paraguaio foi preso depois que a família denunciou à polícia ter visto o criminoso andando pelas ruas da cidade no carro da advogada. Alessandra estava sozinha em casa quando o suspeito invadiu a residência, após pular o muro lateral. O delegado regional Percival Eleutério havia dito que tinha sinais de que a vítima teria tentado se defender dele antes de ser morta com uma facada no pescoço.
"Ela reagiu. Estava toda espancada, machucada, mas não havia sinais de violência sexual. Ela estava nua, mas pode ser porque teria saído do banheiro", disse o delegado. Após matá-la, o suspeito fugiu na caminhonete da vítima, levando a bolsa dela, contendo cerca de R$ 5 mil em dinheiro, e documentos pessoais. Com ele, a polícia também apreendeu objetos furtados da casa da advogada há alguns dias.
Conforme a polícia, momentos depois do assassinato, a família de Alessandra chegou na casa e viu que o carro dela não estava e a residência estava fechada, sendo informada por um vizinho de que alguém havia saído com o veículo da advogada. "A irmã dela viu um homem com duas mulheres no carro e chamou a polícia", explicou o delegado. Na perseguição policial, um dos disparos atingiu a perna do suspeito.
Um amigo de Alessandra disse que o corpo dela foi sepultado neste sábado (30) em um cemitério da cidade. O empresário Evandro Zanatta contou que estava chocado com o assassinato e que nunca a ouviu dizer sobre uma obsessão que o criminoso teria por ela, como a polícia concluiu após ele ter levado fotografias, perfumes e até peças íntimas dela.
"Ela nunca chegou a comentar sobre essa obsessão que ele teria, o que sabemos é que ela estava atuando no divórcio dessa ex-empregada com o suspeito do crime", relatou o amigo.
Para o delegado Marcelo Jardim, que deu início às investigações sobre o crime, afirmou que a advogada demonstrou não conhecer o suspeito, pois, cerca de duas semanas antes da morte, ele havia entrado na casa dela. Na ocasião, Alessandra registrou boletim de ocorrência, já que alguns objetos pessoais dela haviam sido levados, mas ela não o teria reconhecido como sendo o marido da ex-funcionária.
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