Operação Risco Duplo cumpriu mandados de prisão em MT e MS. Presos são levados para a sede do Gaeco em Campo Grande.
Suspeitos de falsificar CNHs são levados para Campo Grande
O promotor Marcos Alex Oliveira, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), informou que os mandados de prisão foram cumpridos na Operação Risco Duplo. Todos os detidos, suspeitos de integrar quadrilha de falsificação de carteiras de habilitação e de certificados de cursos serão levados para a sede do Gaeco em Campo Grande.
A Operação Nacional contra a Corrupção foi deflagrada pelo Ministério Público, em parceria com diversos órgãos, e deve cumprir mandados de prisão, de busca e apreensão, de bloqueio de bens e de afastamento das funções públicas em pelo menos 12 estados. O desvio de verbas públicas sob investigação ultrapassa R$ 1,1 bilhão. Leia mais
Na Operação Risco Duplo, inicialmente, a informação era que foram expedidos oito mandados de prisão, mas o promotor esclareceu que foram sete no total: seis em Anastácio, Ivinhema, Nioaque, Jateí e Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul e um em Cuiabá (MT). O detido na capital mato-grossense será transportado de helicóptero para Campo Grande. Todos serão interrogados pelos promotores que integram o Gaeco.
O suspeito de liderar a quadrilha e o irmão dele foram detidos em Anastácio, a 134 km de Campo Grande.
Oliveira disse que as investigações começaram em outubro do ano passado, depois da detenção de vários condutores que usavam CNHs falsificadas. A partir desses casos, a apuração chegou até os suspeitos de integrar a quadrilha.
A operação começou por volta das 6h (horário de MS). Em Anastácio, a 134 km de Campo Grande, foi detido o suspeito de liderar o grupo, que falsificava CNHs e vendia para clientes em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, em valores que variavam de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil. De acordo com PRF, eles também comercializavam certificados de Cursos de Transporte de Cargas Perigosas, Transporte de Passageiros e Coletivos, negociados a R$ 400.
Os suspeitos, ligados a autoescolas e Centro de Formação de Condutores (CFC), responderão pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e formação de quadrilha, cujas penas somadas podem ultrapassar os dez anos de prisão.
As investigações começaram há seis meses e, de acordo com MPE, a fraude ultrapassa o montante de R$ 500 mil.
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