Advogado será julgado por Tribunal de Ética e Disciplina, acredita Aude
O presidente da OAB/MT Maurício Aude afirmou que a entidade vai acompanhar o desdobramento da investigação da Operação Assepsia, que tem o advogado Almar Busnello envolvido na compra de sentença em favor da família Pagliucas, condenada por tráfico internacional de drogas. Cabe à Ordem a prerrogativa de averiguar a conduta do advogado. O caso será enviado ao Tribunal de Ética e Disciplina da OAB local.
Audi também busca garantir que Busnello fique preso em Estado Maior, no Comando do Corpo de Bombeiro. Todo advogado preso tem o benefício de prisão especial e fica detido em instalação militar, conforme determina lei de Prerrogativa dos Advogados. Caso condenado, Busnello perde a carteira da OAB, que permite exercer a profissão.
Além de Busnello, foram presos pelo Gaeco o estagiário de direito Marcelo Santana e o servidor do Judiciário Clodoaldo Souza Pimentel, assim como os traficantes Milton Rodrigues da Costa e Adalberto Pagliuca Filho. Conforme o Gaeco, os atos de corrupção apurados durante a investigação destinavam-se à compra de decisão judicial no valor de R$ 1,5 milhão para a soltura de traficantes da família Pagliucas. Eles foram presos, em novembro de 2011, na Operação Mayá, realizada no município de Porto Esperidião. Na primeira investida, o estagiário e o advogado ofereceram R$ 1 milhão para que o assessor jurídico redigisse e submetesse ao magistrado decisão revogando a prisão dos Pagliucas.
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