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Cidades
Quinta - 11 de Abril de 2013 às 10:48

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O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) abateu 311 aves que estavam na Exposição de Pequenos Animais (Expopeq), em Cuiabá. Entre os pássaros sacrificados, exemplares exóticos da fauna brasileira como passeiformes silvestres e galináceos. A morte dos animais foi justificada pelo órgão com base na legislação vigente.

Além disso, alguns dos animais, encontrados na exposição neste final de semana, teriam apresentado problemas de saúde. Na feira, realizada anualmente, estavam expostos mais de 2 mil animais, entre suínos, caprinos, ovinos, cães, gatos, aves, mini-vacas, pôneis e pássaros ornamentais, além de produtos da agricultura familiar como frutos e flores. Estimativa dos organizadores aponta que entre os dias 4 e 7 de abril, mais de 80 mil pessoas
estiveram no local.

A irregularidade na documentação das aves foi descoberta durante checagem de fiscais do Indea na exposição. Responsável pelo Setor de Sanidade Agrícola do órgão, Roberto Renato explica que foi constatada a adulteração na Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório, exigido pela legislação. “A guia se referia ao transporte de Goiás para uma propriedade rural de Cuiabá e não para uma exposição, um local de aglomeração de pessoas”.

Diante do fato, Renato explica que as aves tiveram que ser apreendidas, sacrificadas e, em seguida, incineradas. Questionado sobre o motivo de as aves, algumas exóticas e ornamentais, não terem sido levadas para uma unidade de tratamento veterinário, como um zoológico, o servidor do Indea explicou que algumas aves estavam mortas e outras apresentavam sinais de doença. “Fizemos para prevenir a proliferação de qualquer tipo de doença, uma medida absolutamente pautada pela prevenção, uma vez que como a GTA estava adulterada, os animais não tinham nenhuma procedência”.

Presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, responsável pela Expopeq, Jorge Pires de Miranda rebate a informação de que algumas aves estavam doentes. “Pelo que vi, nenhuma delas apresentava qualquer tipo de problema”. Ele procurou minimizar o abate das aves, afirmando que isso faz parte do processo de prevenção.

Pires conta que as aves chegaram ao local da exposição e que o produtor dono dos animais apresentou a GTA. “Para nós, estava tudo normal, porque não temos como saber que o documento foi adulterado”. A fraude só pôde ser confirmada porque o Indea tem a informação da origem dos animais. “Quando eles foram checar, viram que estava na feira um número bem maior do que o que havia saído. É como no caso de um RG falso, só o Instituo de Identificação pode atestar que houve fraude. Não temos esta obrigação”.
 





Fonte: A Gazeta

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