O duplo homicídio ocorreu em 1991 em uma oficina, de propriedade do réu, na Avenida Prainha, em Cuiabá, por motivo fútil, conforme o Ministério Público Estadual (MPE). O acusado efetuou os disparos depois que Pedro, filho mais novo da família Scherner, foi à oficina para fazer manutenção no veículo. A irmã dele, Giovana Scherner, disse que o valor do serviço já havia sido estabelecido por telefone, mas quando Pedro chegou à oficina o suspeito havia dobrado o valor do orçamento.
O julgamento do réu estava impedido de ser agendado por conta desse recurso, que foi negado nesta terça-feira (16). "Não há mais nenhum impedimento para marcar esse julgamento. O julgamento deveria ser marcado para dezembro do ano passado, mas ele ingressou com esse recurso", disse Giovana. O acusado já ingressou com três recursos no STJ e dois no Supremo Tribunal Federal (STF), mas todos foram negados. Ele está preso na Penitenciária Central do Estado, na capital.
Giovana disse que o pai completaria 67 anos na próxima segunda-feira (22). "Infelizmente essa festa jamais teremos. Tudo por conta de um assassino frio que destruiu todos os sonhos e projetos de uma família maravilhosa", reclamou. Depois de 17 anos foragido da Justiça, o acusado foi localizado usando identidade falsa em Osasco, interior de São Paulo.
O crime ganhou repercussão nacional ao passar no programa “Linha Direta”, da Rede Globo. A reportagem mostra detalhes da vida da família momentos antes do crime. Eles se preparavam para viajar de férias na madrugada do dia seguinte quando ocorreu a tragédia. Pedro havia ido até a oficina para trocar o escapamento do carro. Mesmo feridas, as vítimas ainda se arrastaram até o lado de fora do estabelecimento.
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