Governo crê que extremismo islâmico teria motivado ataque, diz agência. Um irmão morreu e outro é perseguido por centenas de policiais na região.
Suspeitos de 26 e 19 são irmãos da Chechênia
Os dois suspeitos do ataque terrorista na Maratona de Boston são dois irmãos de origem chechena e moravam legalmente nos EUA, segundo as autoridades americanas.
Um dos suspeitos do ataque foi morto após perseguição policial na madrugada desta sexta, e outro era caçado em Watertown, subúrbio de Boston.
Dzhokhar A. Tsarnaev, de 19 anos, é o suspeito número 2, que é perseguido. O suspeito morto éa Tamerlan Tsarnaev, de 26.
Eles são moradores de Cambridge.
Uma autoridade de segurança nacional disse à agência Reuters que os irmãos viviam havia muitos anos nos EUA, e que o governo trabalha com a hipótese de que o atentado tenha sido motivado por extremismo islâmico.
A Chechênia é uma república da Federação Russa, com um governo apoiado por Moscou em Grozni.
A região é palco de incidentes violentos provocados por insurgentes separatistas islâmicos.
Até agora, nenhum grupo radical islâmico havia reivindicado o atentado.
O FBI havia divulgado na véspera imagens dos suspeitos.
Segundo Davis, o rapaz morto é o mesmo que foi identificado como suspeito número 1 pelo FBI. No dia da maratona, ele usava um boné preto, óculos de sol e carregava uma mochila.
Em vídeos divulgados pelo FBI na quinta, os dois indivíduos são vistos andando juntos antes dos ataques que mataram 3 pessoas, feriram 176 e chocaram os Estados Unidos na reta de chegada da tradicional Maratona de Boston na segunda-feira.
Na quinta-feira, Richard DesLauriers, que chefia a investigação, afirmou que eles estavam "fortemente armados" e eram "perigosos". O FBI pediu ajuda à população para tentar encontrar ou identificar os suspeitos.
Os dois suspeitos levavam mochilas que, acredita-se, levavam as duas bombas detonadas na segunda-feira, feitas com explosivos acondicionados em panelas de pressão.
O suspeito número 1 aparece vestindo um boné preto, e o número 2, um branco.
Imagens divulgadas pelo FBI na quinta (18) mostram o suspeito do boné preto, Tamerlan Tsarnaev, morto nesta sexta em Watertown, e o suspeito do boné branco, Dzhokhar, que é procurado (Foto: Reuters)
O presidente dos EUA, Barack Obama, em um discurso emocionado na catedral da Santa Cruz, em Boston, prometeu levar os culpados à Justiça.
Em entrevistas anteriores, o FBI afirmou que não tinha ideia de quem eram os autores, nem de quais eram suas motivações.
A área do ataque, no centro de Boston, continuava fechada e sendo tratada como "cena de crime".
No final da manhã deta quinta, a agência Reuters informou que as autoridades estavam examinando milhares de fotos tiradas por câmeras de vigilância, pela mídia e por cidadãos comuns perto do momento das explosões e provavelmente vão procurar interrogar mais homens vistos nas fotografias, disseram os oficiais.
Ainda segundo a Reuters, as autoridades disseram que havia um intenso debate dentro do governo sobre se tais fotografias devem ser oficialmente divulgadas para que o público ajude a identificar as pessoas, apesar do vazamento do que seriam algumas delas.
O governo estava segurando a publicação formal das fotos, temendo a repetição do fiasco que ocorreu quando fotos semelhantes, divulgadas na sequência de um atentado na Olimpíada de Atlanta, em 1996, levaram à prisão do segurança Richard Jewell, que acabou se mostrando inocente.
Uma entrevista coletiva marcada para o fim da tarde desta quarta-feira chegou a ser desmarcada.
Um adolescente identificado em uma das fotos vazadas chegou a procurar a polícia para explicar que não tinha envolvimento com as explosões.
Investigadores recolheram milhares de provas, de fotos tiradas de telefones celulares na hora da explosão a pedaços de estilhaços retirados das pernas das vítimas.
Com base em fragmentos de metal, tecido, fios e uma bateria recuperados na cena das explosões, o foco voltou-se para quem pode ter feito as bombas dentro de panelas de pressão e as levado em pesadas bolsas de nylon preto para a linha de chegada da corrida, uma das mais famosas do mundo e assistida por milhares de espectadores.
Um trecho de quase um quilômetro da Rua Boylston e de vários quarteirões próximos permaneceram fechados, enquanto investigadores procuravam pistas do pior ataque em solo norte-americano desde os ataques com aviões sequestrados em 11 de setembro de 2001.
Cidades em todo os Estados Unidos estavam em alerta depois das explosões de segunda-feira em Boston.
Somando-se ao nervosismo, o FBI informou que uma correspondência endereçada ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com uma substância suspeita foi recebida no setor de triagem de correio da Casa Branca, na terça-feira, e que testes preliminares mostraram que continha o veneno letal ricina. Um suspeito, que é imitador de Elvis Presley, foi processado.
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