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Cidades
Terça - 14 de Maio de 2013 às 21:35

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A Justiça condenou nesta segunda-feira (13) três homens e uma mulher por envolvimento com a ação criminosa que resultou na explosão de um muro lateral da Penitenciária Central do Estado (conhecida também como Presídio do Pascoal Ramos) em agosto de 2012.
 
Segundo denunciou o Ministério Público (MP), a explosão facilitou a fuga de membros de quadrilhas responsáveis por explosões a caixas eletrônicos e por aterrorizar pequenos municípios com assaltos a banco da modalidade "Novo Cangaço".
 
Ao todo, 35 detentos escaparam na madrugada do dia 20 de agosto. A ação foi flagrada por câmeras de segurança de circuito interno. Obtidas pela TV Centro América em abril, com exclusividade, elas mostram um carro seguindo pela rua lateral do presídio, a disposição de explosivos junto ao muro lateral e a detonação. Alguns detentos aparecem fugindo em meio à fumaça. A ação, segundo a Polícia Civil, foi financiada por Lindomar Alves, suposto chefe da quadrilha atualmente preso na Bahia.
 
A denúncia contra os quatro réus condenados nesta segunda-feira pela Vara Especializada em Crime Organizado do Estado de Mato Grosso foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), braço do MP que atuou em conjunto com as polícias Militar e Civil na prisão de integrantes da quadrilha.
 
O inquérito da Polícia Civil ainda está sendo concluído e poderá levar à responsabilização de outros integrantes da quadrilha, mas a denúncia do Gaeco, oferecida após perícias e outras diligências, já provocou sentença total de 44 anos e quatro meses de reclusão aos quatro réus julgados nesta segunda-feira por formação de quadrilha, porte de arma, facilitação de fuga e explosão qualificada .
 
Dos quatro condenados, a única mulher também é o único réu que poderá apelar da sentença em liberdade.
 
O "Novo Cangaço" tem se disseminado como modalidade de prática criminosa em Mato Grosso. As quadrilhas classificadas desta forma têm por característica a atuação em cidades pequenas, onde geralmente há pouco efetivo policial.
 
Fortemente armados, eles costumam invadir agências bancárias ou de cooperativas de crédito para explodir os caixas eletrônicos ou retirar grandes quantidades de dinheiro rendendo os gerentes. Em algumas ações, as quadrilhas chegam a fazer os funcionários e os usuários das agências de escudo humano até a fuga para regiões rurais e de difícil atuação para as polícias.
 





Fonte: Do G1 MT

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